Para o diretor teatral Leonardo Cortez, o sucesso da turnê de “Quem Prospera Sempre Alcança” pelo país demonstra o quanto o termo “empreendedorismo” é um assunto “no qual todo mundo está interessado nos dias atuais”. Com a expectativa de repetir o êxito, a peça aportou na capital mineira, onde encerra neste sábado (12) a passagem pela cidade no parque municipal.
“A gente vive um momento horroroso, que deixa todo mundo inseguro, e daí o interesse pelo empreendedorismo – que, vale dizer, também é arriscado. A peça não pretende ser didática ou pedagógica, mas aponta caminhos e reforça que vale a pena acreditar nos sonhos”.
Para Cortez, sonhar é algo que sobrevive até às adversidades. “Isso ficou muito claro para a gente na turnê, as plateias ficaram muito envolvidas”, diz ele, lembrando dos relatos que ouviu dos dois atores em cena, Djair Guilherme e André Santos. Como o do dia em que, após a sessão, um homem de cerca de 50 anos se aproximou, emocionado, para relatar a falência de seu empreendimento e, agora, a ideia de recomeço, do zero. “Segundo ele, o conteúdo da peça o encorajou”, diz o diretor.
O humor é um componente intrínseco à trama, que tem início com dois operários montando o palco para uma sessão de teatro. No entanto, recebem o telefonema do diretor avisando que o ônibus da trupe quebrou. É quando eles se dão conta que, de tanto assistirem à peça, saberiam até encená-la. E é o que fazem, com a anuência do público.
Ao todo, são quatro histórias independentes, onde os atores incorporam 11 papéis. A primeira, por exemplo, traz duas fãs na fila de um show sertanejo, para o qual também pagaram para tirar foto com a dupla. Num determinado ponto, elas se perguntam se a grana que vão despender ali não poderia ser usada para algo mais útil a elas. “A peça mostra que é possível empreender desde que se tenha preparo, consciência, diálogo com quem já fez este percurso e, claro, muitos estudos”, conclui Cortez.
Serviço
No Parque municipal (praça do Trenzinho)