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Artista mineira participa de exposição internacional contra a Covid-19

Mostra virtual da Unesco chama a atenção para a importância do uso da máscara como proteção contra o coronavírus

Por Letícia Fontes
Publicado em 18 de junho de 2020 | 15:51
 
 
 
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Em meio ao surto de Covid-19, a indústria cultural também sofreu consequências, mas o vírus não impede que a arte aconteça. Em tempos de coronavírus a arte ficou a um clique na opinião da artista plástica Sandra Lima e Silva. A mineira, de 58 anos, é uma das artistas selecionadas a participar da exposição virtual internacional “Mask Art – Creativity under Lockdown: Unesco Beirut & Meadows Artist against Covid-19” 

Formada por 250 artistas de 120 países, segundo a mineira, de Belo Horizonte, o aparente pânico inicial também pode se transformar em arte. Sandra e mais dois brasileiros participam da mostra. 

A exposição transformou o trabalho dos profissionais em estampas de máscaras. A iniciativa foi da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) Beirute e da organização não governamental (ONG) Meadows Artist.

"Atingir milhões de pessoas neste momento só reforça que arte une a todos. A arte está muito mais presente na vida de todos do que muitos imaginam, principalmente neste tempo de pandemia seja por estas novas formas de fazer artes visuais, artes culinárias, cinema, teatro. Trazer a arte para esse contexto das máscaras também é muito legal, estamos em um momento que é preciso conscientizar que é necessário o seu uso e, principalmente, usar a máscara da forma correta como recomenda os profissionais da saúde", avalia Sandra. 

Formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra trabalha com artes visuais há mais de 30 anos. O trabalho selecionado foi a pintura “Meu coração está com todos vocês”.   

"Foi um trabalho pensando que estamos todos juntos neste momento, estamos todos nos solidarizando seja com aqueles que partiram, aqueles que estão doentes ou aqueles que estão em casa. A pandemia não discrimina ninguém, ela está no mundo inteiro", afirma. 

"A gente vai sobrevivendo vendo algumas obras, pede auxílio emergencial, participa de projetos que tem premiação. É um processo que está sendo difícil para todos e precisamos refletir várias questões de consumo, comportamento e solidariedade. Eu como artista tento encontrar soluções possíveis do que eu posso fazer", completa a artista plástica. 

A mostra virtual começou no último dia 21 de maio, no Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento, e segue por tempo indeterminado. A intenção é que após a pandemia a exposição vire presencial. 

"É gratificante ter a experiências e o contato com artistas de outros países. Estamos todos juntos discutindo e pensando formas de como passar esse momento e como que a arte vai ser daqui para frente, é um normal que não existe mais", pontua. 

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