Prata da casa

Bia Nogueira hasteia a bandeira da diversidade

'Diversa' é, sobretudo, um trabalho autoral, que tem a cara da artista

Por Raphael Vidigal
Publicado em 16 de outubro de 2018 | 03:00
 
 
 
normal

Bia Nogueira escolheu uma palavra em voga para batizar sua estreia em disco. “Diversa” é, sobretudo, um trabalho autoral, que tem a cara da artista. Em tempos cada vez mais sombrios, com o discurso da intolerância chegando ao ponto de relativizar a ditadura militar no país e práticas como a tortura, esse respiro musical vem mais do que a calhar, é urgente e necessário. “Todas essas informações foram carregando meu disco”, garante Bia.

“Dandara”, por exemplo, que abre os trabalhos, foi escolhida para ganhar um bonito videoclipe e brada contra o preconceito racial, uma das bandeiras mais importantes do momento. Na sequência, Bia traz uma releitura para “Zé do Caroço”, sucesso de Leci Brandão, artista referencial na trajetória da intérprete.

“Pretérito Imperfeito”, a terceira faixa, é uma valsa densa e melodiosa, que traz um olhar aguçado sobre as relações amorosas. Parceria com Titane, “Água” segue esse caminho lírico. “Ignomínia” retoma o tom politizado com um refrão envolvente. “Sobrevoo” abre a pista ao eletrônico, antes de “Laço Estreito” e um mantra darem o arremate. A diversidade está também na estética do discurso.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!