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‘Cidade Cimento’ ocupa praças de Contagem com o Coletivo Corurbana

Projeto coordenado pelo Grupo Trama de Teatro leva performance a três praças da cidade e propõe reflexão sobre uso dos espaços públicos

Por Etienne Jacintho
Publicado em 05 de julho de 2019 | 03:00
 
 
 
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A arte tem conseguido abrir discussões importantes sobre a ocupação e o uso dos espaços urbanos. Neste fim de semana, o Coletivo Corurbana e o Grupo Trama de Teatro levam a três pontos de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o projeto “Cidade Cimento”, com apresentações teatrais que usam os espaços público como cenários e personagens de suas criações. 

O projeto começou na escadaria da Igreja São Gonçalo e na praça que é toda cimentada. “Lá não tem árvores, nem bancos, nem água, ou seja, ela não é nada convidativa”, conta Carlos Henrique, um dos fundadores do Grupo Trama e coordenador artístico do “Cidade Cimento”. “Então, ocupamos a praça para desenvolver esse projeto e criar performances com esses profissionais do coletivo”, explica ele. 

O Coletivo Corurbana surgiu com o agrupamento dos diversos artistas que estavam surgindo em Contagem, que é uma “cidade muito descaracterizada de uma identidade, pois as pessoas que moram aqui preferem fazer tudo em BH, já que é mais fácil pegar um metrô e ir para o centro de BH do que se aventurar por Contagem”, conta Carlos. 

A intenção de “Cidade Cimento” é não somente mostrar a arte, mas fazer com que os moradores possam viver mais a cidade e ir para a rua, além de mostrar as diferenças entre os espaços públicos dependendo de sua localização. Por isso, as performances serão realizadas em três espaços bem distintos. 

Hoje, às 20h30, a apresentação será nas escadarias da Igreja de São Gonçalo, no centro. Amanhã, às 16h, o coletivo ocupa a praça Irmã Maria Paula, em Petrolândia.

“Essa já é uma praça menos cimentada, na periferia e com ar de interior, com coreto, equipamentos de ginástica e parquinho com escorregador de madeira”, fala Carlos. E, no domingo, também às 16h, o grupo vai à praça da Glória, no Eldorado. “Essa é a que tem mais estrutura, pois está perto do shopping, tem bastante circulação e outras coisas”, fala Carlos.

Na performance, cinco atores propõem ao público reflexões sobre a cidade e os espaços, com dança e teatro. “É um espetáculo mutante e varia de acordo com o que o espaço físico oferece”, avisa Carlos. As apresentações são gratuitas. 

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