O número impressiona: passam de 300, os trabalhos publicados por Robson Santos – que chega agora a seu oitavo disco – mundo afora. Mas, neste caso, não estamos falando de música. O carioca (que criou raízes em Minas, já tendo morado nos EUA) concilia a sua vertente artística com a medicina. E o número centesimal citado, no caso, refere-se a esse outro campo. Mas o cientista da área cardiovascular (e um dos nomes mais reconhecidos no estudo da hipertensão arterial) também é profícuo no quesito composição: já assinou cerca de 150.
As 16 mais recentes compõem o álbum “Teimosia”, cuja faixa-título “nasceu para inspirar a persistência. “É uma música reflexiva e um convite à teimosia, para que as pessoas não desistam facilmente de seus objetivos”, diz.
Os dias atuais também atiçaram a inspiração de Santos. Seja em questões urgentes, como na autoexplicativa “Feminicídio”, com participação da cantora Paula Santoro, seja ao abordar a política em “Golpe do Urubu”, que abre o disco. Nela, o anfitrião alfineta Ciro Gomes e Jair Bolsonaro e critica as notícias falsas.
Outros convidados convocados foram Juarez Moreira, Filó Machado e o Trio Amaranto. Os gêneros também variam, indo da MPB ao samba. “Gosto de misturar estilos e de formar as minhas parcerias de acordo com as minhas vivências e anseios”, finaliza Santos.