O Coletivo Tono sobe ao palco da Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, hoje à noite, para tocar suas músicas famosas – como “Não Consigo”, “Aquele Cara”, “Me Sara”, “Da Terra pro Sol” – e para mostrar sua verve acolhedora, feito família. “Estamos usando o nome Grupo Tono ou Coletivo Tono porque faz mais sentido que banda”, explica Rafael Rocha, baterista e vocalista do grupo. O Tono é formado, ainda por Bem Gil (guitarra) e Bruno Di Lullo (baixo).
O coletivo carioca mistura vários estilos, letras e melodias diferenciadas. O passeio entre o moderno, o eletrônico e o brega, os arranjos leves, sutis e algumas vezes com pegadas e guitarras pesadas levaram vários artistas de renome a cantar suas músicas. “Criamos uma identidade, uma forma espontânea de tocar, sem preparar muito os arranjos, sem partituras. Investimos em um ambiente legal. Brincamos que é uma direção de clima”, diz Rocha.
No fim de 2008, o Tono entrava em estúdio para gravar seu primeiro disco, “Tono Auge”, lançando de maneira independente, em 2009. Já no ano seguinte foi lançado o álbum “Tono” (2010), premiado pela antiga MTV, e em 2013 o grupo lançou seu último trabalho, “Aquário”, com a colaboração de Arto Lindsay na produção. A partir de 2015 os integrantes do coletivo se dedicaram a trabalhos solo. O Tono agora prepara a gravação do quarto disco, já em fase de criação e que deve ser lançado ainda em 2018.
O hiato de cinco anos sem produzir um álbum coletivamente, segundo Rocha, evidencia as experiências individuais que seus integrantes tiveram. “A ideia é dedicar 2019 a um novo disco. O Tono virou um coletivo de encontro desses artistas, de carreira solo, como compositores. Cada um conseguiu estabelecer suas parcerias fora daqui, então nós viramos uma família. Nós temos feito poucos shows, mas fazemos várias coisas juntos”, pontua Rocha.
Junto com seus companheiros Bem Gil e Bruno Di Lullo, Rocha atualmente produz os novos discos de Adriana Calcanhotto e Jorge Mautner. Com Mautner, aliás, Rocha tem feito shows com certa frequência e, em Belo Horizonte, o baterista e vocalista vai tocar sua primeira música composta em parceira com a atriz Camila Pitanga.
“Essas parcerias aprofundam nosso trabalho como uma aquarela de muitas cores. Sem dúvida, somos influenciados pela estética de muitos artistas. Por outro lado, os músicos mais velhos querem nossa forma de fazer, nós tocamos do nosso jeito, bastante à vontade”, garante Rocha.
O show contará, também, com participação do compositor, cantor e multi-instrumentista mineiro LG Lopes. O artista busca conexões entre o psicodélico e o pop, interpretando canções de seu terceiro álbum, “Mana” (2017). “O LG Lopes é um cara que tem a ver com nosso espírito, que viaja o mundo, que compõe. Quando sugeriram de ter uma participação, pensamos nele. É um cara que tem composições muito legais”, diz. Lopes abre o show, depois é a vez do Tono, e, no fim, eles sobem ao palco juntos.
Agenda
O Que
Show do Tono, com participação de LG Lopes
Quando
Hoje, às 20h
Onde
Sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro)
Quanto
R$ 20 (inteira)