Dicas para dias de quarentena

Makely Ka faz apresentação ao vivo hoje, na web

O show é homônimo ao disco que estou gravando. São 12 músicas instrumentais, sendo 11 minhas e uma do Tavinho (Moura), 'Encontro das águas', conta ele

Por Patrícia Cassese
Publicado em 03 de abril de 2020 | 13:28
 
 
 
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O show iria ser mostrado ao público no final do mês passado, no Teatro da Assembleia. Mas veio a contigência do isolamento social, mediante a ameaça de expansão do novo coronavírus. E o músico Makely Ka, então, optou por fazer a apresentação hoje, na web. Com a decisão, o espetáculo "Rio Aberto" ganhou uma complementação em seu título: "Instrumental de Violas em Quarentena". A iniciativa acontece a partir das 20h, nas redes sociais do artista, no Instagram, Facebook e no canal do YouTube.
 
"O show é homônimo ao disco que estou gravando. São 12 músicas instrumentais, sendo 11  minhas e uma do Tavinho (Moura), 'Encontro das águas'. Todas as minhas, nesse disco, são homenagens a rios, quase todos afluentes do São Francisco, além de outros dois, que são o Rio Doce, em Minas, e o Vaza-Barris, na Bahia, que é o rio que passa em Canudos. Enfim, é uma continuidade da 'Trilogia dos Sertões', que começou com 'Cavalo-Motor', meu disco anterior", conta Makely, acrescentando que são músicas que ele fez na viola caipira, com uma afinação que aprendeu no Vale do Urucuia, no sertão (ao Noroeste de Minas). "São variações afinação, como a que chamam 'rio abaixo', também conhecida como  'sol aberto', daí o nome do disco e do show", pormenoriza. 
 
Makely conta que, apesar de saber que, nesses dias, a internet não está com sua qualidade em alta, em função do número de acessos, está prepando o show com todo o cuidado possível. "Com câmeras e lentes, iluminação especial. Enfim, vou tentar fazer uma transmissão melhor, apesar de saber que o trafégo de dados está intenso e que a rede tem caído muito. A qualidade não está muito boa. Estou até pensado na possibilidade de filmar esse show e depois colocar na rede, pois, assim, teria um maior controle do que em uma transmissão ao vivo. De qualquer forma, vou tentar fazer hoje, se a internet deixar", brinca.
 
O músico acrescenta: "É um show no qual eu vou tocar viola, viela de roda, que trouxe da Hungria; craviola, que é um instrumento criado pelo Paulinho Nogueira, e a viola caipira, ou viola dinâmica". No mais, ele lembra que segue em quarentena. "Eu e a minha mulher, a bailarina e coreográfa Rosa Antuña, que também fazendo as lives dela, às segundas, quartas e sextas, com exercícios corporais para bailarinos e não-bailarinos, e também, às quintas, à tarde, com uma ginástica especial para crianças com a personagem dela, Angelina. É ela que vai me ajudar a operar os equipamentos para tentar transmitir essa apresentação. E a gente vai também abrir uma contribuição voluntária para o público, para quem quiser colaborar. Espero que esses shows sejam uma forma de alento para quem está em casa, de quarentena, sem sair, sem ir a shows, sem ir aos bares. É uma forma de a gente estar junto, de  se encontrar, virtualmente ao menos. Uma forma também de tentar dar a nossa contribuição social neste momento para as pessoas não pirarem em casa e conseguirem enfrentar melhor esses dias de quarentena", conclui ele.

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