Luto

Morre o diretor Joel Schumacher, de ‘Batman & Robin’ e ‘Os Garotos Perdidos’

Cineasta tinha 80 anos e enfrentava um câncer

Por Da redação (Com Folhapress)
Publicado em 22 de junho de 2020 | 16:31
 
 
 
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Morreu nesta segunda-feira (22), aos 80 anos, o diretor Joel Schumacher, famoso por filmes como "Batman Eternamente", "Batman & Robin" e "Os Garotos Perdidos". Segundo a revista "Variety", ele lutava contra um câncer. 

Originalmente responsável por figurinos, Schumacher virou diretor de cinema nos anos 80, quando dirigiu a trinca de filmes que o levou para a fama: "O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas" (1985), "Os Garotos Perdidos" (1987), clássico vampiresco adolescente com Corey Haim, Corey Feldman e Kiefer Sutherland e "Linha Mortal" (1990). 

Entre outros nomes, ele ajudou Colin Farrell, Kiefer Sutherland, e Matthew McConaughey a começarem suas carreiras. 

Em 1995, ele assumiu a franquia de Batman nos cinemas, que havia começado com Tim Burton e dirigiu o terceiro filme da série, "Batman Eternamente", que trazia Val Kilmer no papel do herói. No longa, o cineasta começou a levar a franquia a uma direção mais leve e menos sombria, destacando elementos cartunescos e cômicos do Batman e dos vilões Duas Caras e Charada, feitos por Tommy Lee Jones e Jim Carrey, em um estilo remanescente da série dos anos de 1960.

Apesar de desagradar os críticos, "Eternamente" foi um sucesso de bilheteria, o que significou mais liberdade para Schumacher expandir sua visão em "Batman e Robin". Mas o filme, que contou com Arnold Schwarzenegger e Uma Thurman como vilões e George Clooney como Batman, não teve a mesma fama.

Além dos elementos cômicos, os longas de Schumacher, que era abertamente homossexual, são lembrados pelas insinuações homoeróticas - com mamilos nos trajes e closes nos bumbuns e virilhas de Clooney e Chris O'Connell.

Entre seus últimos trabalhos estão "Número 23", suspense entrelado por Jim Carrey em 2007 e dois episódios da série "House of Cards", em 2013.

Em entrevista feita em 2019, Schumacher refletiu sobre o desprezo crítico a muitas de suas obras, remanescendo sobre uma exposição dos artistas James McNeill Whistler e John Singer Sargent que visitou na Inglaterra. "Os dois foram desprezados pelos críticos de arte, mas fizeram algo brilhante. Bem ao lado das obras, na parede, estavam cópias emolduradas das críticas horríveis que eles receberam. Quem se lembra deslas?", questionou.

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