Estreia

'O Agente Oculto' é a nova aposta de sucesso da Netflix

Produção da plataforma de streaming reúne elenco estelar e o maior orçamento da empresa

Por Patrícia Cassese
Publicado em 22 de julho de 2022 | 19:55
 
 
 
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Baseado na obra "The Gray Man", de Mark Greaney, o filme homônimo (em português, "Agente Oculto"), dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo, aporta hoje no catálogo da Netflix com a expectativa de se firmar como mais um sucesso da poderosa plataforma de streaming. Chamarizes para tal não faltam: a produção é estrelada por astros do calibre de Ryan Gosling, Chris Evans, Ana de Armas e Regé-Jean Page. 

Justamente para pontuar o investimento, no último dia 13, uma coletiva mundial foi realizada, online, com a presença dos diretores e do elenco estelar - já de pronto, vale ressaltar a diversidade deste, contemplando atores de todo o mundo - o Brasil se faz presente com a inclusão de.. acertou quem pensou em Wagner Moura. Mas não, a citação acima de outros atores já comprova que ele não está sozinho como representante dos latinos: conhecida por "Entre Facas e Segredos", a cubana Ana de Armas é a protagonista feminina, lembrando que ela já dividiu o set com Moura em "Sergio", que retrata a vida do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, funcionário da ONU, morto aos 55 anos, após a explosão de uma bomba na sede da instituição em Bagdá.

Além disso, a empresa investiu US$ 200 milhões (mais de R$ 1 bilhão) para a frenética ação do longa-metragem - o maior orçamento que a Netflix colocou em uma de suas produções.

Em "O Agente Oculto", conforme explica a sinopse oficial, Ryan Gosling é o agente da CIA Court Gentry, também conhecido como Agente Oculto e Sierra Six, e Chris Evans é seu adversário psicopata Lloyd Hansen. "Arrancado de uma penitenciária federal e recrutado por Donald Fitzroy (Billy Bob Thornton), Gentry já foi um mercenário altamente qualificado e sancionado pela Agência. Mas agora a situação virou e ele é o alvo, caçado em todo o mundo por Hansen, um ex-membro da CIA que não vai parar por nada até derrubá-lo. A seu favor, Six conta com a ajuda da agente Dani Miranda (Ana de Armas)", completa o material disponibilizado pela Netflix à imprensa.

Na entrevista coletiva, sentados em duas fileiras, os atores responderam a perguntas de jornalistas de todo o mundo, colocadas por Terri Schwartz, da Netflix Geeked. Um dos diretores, Joe Russo, comentou que a narrativa dialoga com várias questões atuais, mas não deixa de incluir alguns toques de humor, elemento que se coaduna com o espírito dos irmãos. No entanto, como a ação é elemento chave, a Ryan Gosling foi perguntado sobre o processo de preparação para encarnar o protagonista. "Sim, houve, como vocês podem imaginar, muito treinamento para o filme. Mas a produção também contou, por exemplo, com uma equipe de dublês incrível", disse. "São coisas que estão além do roteiro, uma vez que você só pode aprender com a experiência. É isso que faz o filme especial", acrescentou.

Instigado a falar sobre como foi viver mais um vilão em sua carreira, mas sob a batuta dos Russos, Chris Evans pontuou: "Interpretar um vilão é sempre um pouco mais divertido, você tem um pouco mais de liberdade, você recebe muito mais piadas. E trabalhar com os Russos me deu essa sensação de confiança e liberdade. Quando você confia nos cineastas, está mais disposto a correr riscos, e certamente um personagem como esse exige riscos. Então, sem os Russos e o relacionamento que estabelecemos, não sei se teria tido uma experiência tão gratificante".

Já a belíssima Ana de Armas respondeu às perguntas sobre que componentes de "O Agente Oculto" lhe chamaram a atenção a ponto de aceitar o convite. "Muitas coisas", respondeu. "Fiquei muito empolgada com o fato de os Russos terem pensando em mim para o papel. Assim que entrei na chamada do Zoom com eles, e me apresentaram esse personagem e a história, eu já estava dentro. E eu queria trabalhar com Ryan novamente, eu queria trabalhar com Chris novamente, e com todo esse elenco incrível atrás de mim (referindo-se aos atores que estavam sentados na fileira de trás da qual ela estava)". E arrematou: "Eu simplesmente amei a personagem. Eu amo quem essa mulher é e toda a sua formação e treinamento, e sua mentalidade, o quão durona, destemida, ela é".

Igualmente belíssima, Alfre Woodard ("Desperate Housewives") foi o alvo da pergunta seguinte. Reforçando o quanto gosta do trabalho dos diretores ("aprendo muito"), ela brincou que aceitou o convite também para "impressionar meus filhos adultos com o elenco". O aspecto protetor do personagem vivido por Billy Bob Thorton foi salientado ao veterano intérprete, que respondeu: "Isso é o que realmente me interessou sobre o personagem, é que aqui está um cara que é um espião de alto nível, e tem uma parte disso que exige que ele seja meio frio. Quero dizer, você tem que tomar decisões de vida e morte o tempo todo, mas então quando foca os relacionamentos pessoais, é como se perguntasse como ele ainda assim permanece 'humano'. Então, isso me interessa".

Como o britânico Regé-Jean Page interpreta um norte-americano, a pergunta sobre o preparo, inclusive para mudar o sotaque, foi inevitável.  Ao que o ator, que virou sensação com a série de época "Bridgerton" (também Netflix), onde viveu Simon Basset, explicou que, ao se preparar para um novo personagem, procura sempre investigar o seu "histórico", as eventuais razões que o fizeram ser do jeito. 

"Porque a reação imediata ao Lloyd é você olhar para ele e dizer: 'Quem faz isso?'”. Enfim, queria dar a ele um pouco de profundidade, queria que houvesse algo interessante em seu passado. Algo da costa leste, algo aspiracional sobre por que ele está se esforçando tanto, por que esse enfant terrible subiu tão alto, tão rapidamente, se esforçou tanto. E tudo isso meio que entra na melodia e nas nuances de onde vem esse sotaque. Mas eu faço o mesmo com sotaques britânicos, como se estivesse sempre construindo a pessoa e depois como ela fala". Perguntado se inspirou em alguém para compor o personagem que, como frisou a condutora da entrevista, Terri Schwartz, nota-se de pronto que pertence ao lado do mal, Rege brincou: "Ninguém em particular. É sempre um efeito de colagem, você rouba pedacinhos. Mas também nunca diz de onde rouba", riu.

*O Magazine participou da coletiva a convite da Netflix.

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