Faleceu no domingo, em Belo Horizonte, o crítico e cineasta Geraldo Veloso, “um dos mais competentes e talentosos profissionais do cinema brasileiro”, segundo o também crítico e cineasta Paulo Augusto Gomes. Nascido na capital, em 1944, Veloso fez parte de uma geração que estudou no Colégio Estadual nos anos 60 e da qual faziam parte Humberto Werneck, Olívio Tavares de Araújo, Lucas Mendes, Dilma Rousseff e Elke Maravilha. 

Começou atuando no Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) de Minas Gerais, iniciando sua carreira profissional quando foi escolhido para participar da equipe de produção de um dos filmes fundadores do Cinema Novo, “O Padre e a Moça”, de Joaquim Pedro de Andrade. Em Belo Horizonte, foi também um dos editores da “Revista de Cinema”.

Transferindo-se para o Rio e para São Paulo, ele participou da produção de mais de 120 filmes de curta, média e longa-metragem, destacando-se como montador de produções de Júlio Bressane, Rogério Sganzerla, Neville d’Almeida e Andrea Tonacci. Dirigiu os longa-metragens “Perdidos e Malditos”, “Homo Sapiens” e, com Paulo Augusto Gomes, Milton Alencar e Jorge Moreno, “O Circo das Qualidades Humanas”.

Em BH, Veloso foi um dos formuladores da Rede Minas, onde dirigiu, durante dez anos, o programa “Cine Magazine”. Ultimamente, era diretor executivo do Instituto Humberto Mauro, presidia a Comissão de Audiovisual da ACMinas e era membro da Câmara da Indústria Audiovisual da Fiemg. O velório de Veloso será na manhá desta segunda-feira (1º), no Palácio das Artes.