Amanhã, terça-feira (22/9), às 20h, no canal oficial do Minas Tênis Cube no Youtube (youtube.com.br/minastcoficial
Vencedor do Prêmio Camões, em 2003, escritor, contista, romancista e ensaísta, Rubem Fonseca era advogado por formação, foi comissário e policial de gabinete do Distrito Policial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Considerado por especialistas como um dos mais importantes ficcionistas do Brasil, o escritor mineiro publicou 30 livros e alguns foram roteirizados para minissérie e filmes.
Segundo Marçal Aquino, a transformação das obras de Rubem Fonseca em linguagem de TV e cinema se deve à característica de sua escrita. “Estamos falando de uma literatura muito visual, que permite ao leitor ver o que está sendo narrado”, explica o palestrante.
Pode-se entender a obra de Rubem Fonseca como “literatura brutalista”, termo cunhado por Alfredo Bosi, professor emérito da Universidade de São Paulo, crítico e historiador da literatura brasileira e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), para se referir a forma da escrita de Fonseca. “Para ser sintético, é uma literatura sem abrandamentos, que retrata de forma crua a realidade. Bosi fala sobretudo dos primeiros contos publicados por Rubem Fonseca”, observa Marçal Aquino.
Para compreender os textos de Rubem Fonseca, Marçal Aquino indica as primeiras publicações do autor. “Penso que a suma da literatura de Rubem Fonseca pode ser encontrada nos cinco primeiros livros de contos que ele publicou: ‘Os prisioneiros’, ‘A coleira do cão’, ‘Lúcia McCartney’, ‘Feliz ano novo’ e ‘O cobrador’”, sugere o jornalista.