Reaberto para visitação desde dezembro, o Palácio da Liberdade ampliou o acesso ao público interessado em conhecer as belezas do imóvel.
Aos sábados e domingos o local recebe visitas agendadas por turistas e público em geral, enquanto quartas e quintas-feiras foram reservadas para a visitação escolar.
O agendamento, tanto de escolas quanto do público em geral, deve ser realizado no site appa.art.br/palaciodaliberdade. As visitas são gratuitas.
A visitação ao Palácio da Liberdade já foi motivo de bastante debate no passado recente. Técnicos da área patrimonial chegaram a se manifestar contrariamente à visitação, já que o imóvel é um bem tombado.
Em anos anteriores, a falta de estrutura para receber visitantes, que envolve banheiros e guarda-volumes, era citada por especialistas para não abrir a visitação ao público em geral. Em seguida, uma tenda e escaninhos foram instalados.
Entre 2014 e 2018 o Palácio deixou de receber visitação, já que o então governador Fernando Pimentel preferia ocupar o local como seu gabinete principal.
A visita ao local aos sábados era prevista quando a visitação ao imóvel foi retomada, mas não chegou a acontecer.
A visita
O mobiliário, a arquitetura e a decoração do palácio têm um charme peculiar que vale o passeio.
A visitação dura cerca de 50 minutos e tem limite de 25 pessoas por vez em intervalos de 30 minutos.
Durante o trajeto, o visitante percorre o hall inferior, escadaria, salão de honra, salão dourado, sala de música, varanda, sala do couro, sala da rainha, salão nobre, sala de almoço, quarto e varanda posterior. Na saída, o público pode visitar a sala dos retratos e a sala de cinema, onde é exibido um vídeo de cinco minutos sobre a transformação da cidade e do Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade.
No interior do Palácio podem ser vistos os candelabros em bronze dourado, o piso em parquet, seus lustres em cristal, os painéis alegóricos, seus torreões, a beleza da escadaria principal encomendada a uma empresa da Bélgica e o rico mobiliário.
Na área externa encontramsese os jardins, projetados originalmente por Paul Villon seguindo o estilo inglês e que passaram por reformulações ao longo do tempo, quando foram incluídos elementos decorativos, como esculturas e fontes.
Palácio da Liberdade
O Palácio da Liberdade foi a casa dos governadores do estado durante quase 60 anos. Os chefes do Executivo moravam e trabalhavam no prédio. Os visitantes podem acompanhar esta linha do tempo na visita.
O imóvel é o principal elemento articulador do Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade, protegido como patrimônio cultural do estado em 1975. Concebido como residência oficial e sede do governo do estado no projeto da Nova Capital de Minas Gerais, o Palácio apresenta as características da arquitetura eclética, proposta em fins do século XIX, para a nova cidade.
Projetado por José de Magalhães, o Palácio mescla, na composição das fachadas e volume, elementos do classicismo romântico francês, e incorpora elementos artísticos com referências neobarrocas e neorenascentistas italianas. Também compõe o tombamento estadual, o conjunto do mobiliário de época e os jardins, com elementos remanescentes do paisagismo original, como a fonte, quiosque, orquidário.
Os jardins do Palácio, originalmente sem o fechamento com grades, integravam toda a sede do governo à Praça da Liberdade, que por sua vez propiciava a articulação com as secretarias de Estado e com a população.