O cheiro de incensos se irradia no entorno da praça Guimarães Rosa, no bairro Cidade Nova, na região Nordeste de BH, na manhã deste domingo (23), local de concentração do bloco Pena de Pavão Krishna (PPK).
"A ideia é de purificação, de limpeza", explica a engenheira eletricista Joana Pereira, de 35 anos, que acompanha o bloco desde seu primeiro desfile, em 2013. Integrante da ala de dança, ela queima um incenso de benjoim enquanto observa a roda de mantras, com foliões introspectivos, mas também festivos, e se deixa envolver, paulatinamente.
Pena de Pavão de Krishna vem aí!
— O Tempo (@otempo) February 23, 2020
O bloco se concentra para iniciar o cortejo no Cidade Nova, em BH. Criado em 2013, é conhecido pelos foliões se pintarem de azul. O bloco tem uma pegada mais zen e esticou a tradicional toalha para piquenique.#carnavalizabh #ppk #carnaval2020 pic.twitter.com/jddgJsnUlf
Joana aponta para uma qualidade abstrata para situar o que a leva ao bloco: a energia única que encontra no local. "Aqui celebramos coisas positivas, a vida, as águas, a natureza", disse.
A passista explica que, neste ano, o bloco está menor, "por questões financeiras". Ela também diz que a escolha da praça no Cidade Nova se integra à proposta do grupo, de levar o Carnaval para diversos espaços da capital.
Pena de Pavão de Krishna!
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O bloco mais azul de BH sai neste domingo no Cidade Nova. Segue a concentração!#ppk #carnavalizabh #carnaval2020 pic.twitter.com/SEwyiS6ndL
O bloco Pena de Pavão de Krishna iniciou por volta das 9h45 o cortejo. Ao sair, os integrantes do bloco entoaram o mantra Om, como acontece desde 2013, quando o grupo foi criado.
Folia em família
O pequeno Léo, de 1 ano e 4 meses, acompanha, pela primeira vez, o cortejo do Pena Pavão Krishna. Ele ainda não tem para si a consciência da importância do bloco para a sua própria história.
Ocorre que sua mãe, Priscila Nogueira, de 34 anos, e seu pai, Vítor Menezes, de 32, se conheceram em um ensaio do PPK, há quatro anos. A história de amor deles continuou, mas o casal acabou se afastando do bloco "por conta dos trajetos, que eram distantes", explica ela.
Neste ano, eles aproveitaram que o PPK estaria por perto para levar o filho ao lugar e apresentar a ele o bloco que tornou possível a frutífera relação.
Todo mundo na rua
Vivendo na Chapada dos Veadeiros há 14 anos, o belo-horizontino Marcelo Mahareth, de 38 anos, já sentia uma inquietação em conhecer o Carnaval que ressurgiu na capital mineira. Veio neste ano e não se decepcionou.
Do Pena Pavão Krishna, ele gostou especialmente. "O mais interessante aqui é que está todo mundo conectado, pra além da bebedeira, com um propósito, unindo arte, festa e espiritualidade", disse o empresário e artista plástico.
Esbanjando empolgação desde o início do cortejo, a aposentada Geralda Menezes, de 72 anos, já havia se misturado às passistas e à bateria do Pena Pavão Krishna quando o bloco começou a caminhada rumo à rua Pitt.
"Por mim, era Carnaval o ano todo!", brincou ela, bem-humorada. Para Geralda, aliás, a folia é coisa séria. Tanto que, para dar conta do pique, se prepara antes. Nos últimos dias, por exemplo, fazia treinos de corrida.
E o Pena de Pavão de Krishna vai tomando conta das ruas do bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte.
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O Pena de Pavão de Krishna já está na avenida Cristiano Machado, no bairro Cidade Nova, arrastando os foliões na manhã deste domingo de Carnaval em Belo Horizonte.
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Imagens: Flávio Tavares/O Tempo#carnavalbh2020 #carnavalizabh #PPK pic.twitter.com/4PlImbECJE
O Pena de Pavão de Krishna levou sua energia, neste ano, para o bairro Cidade Nova, na região Nordeste de BH. O resultado? Veja no nosso resumo em vídeo!#ppk #carnavalbh2020 #carnavalizabh pic.twitter.com/6eXBthX00o
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