A atriz Pillar Costa, que esteve presente no elenco de “Malhação” em 2019, teve um vídeo pessoal seu divulgado em um site pornográfico. De acordo com informações do jornal “Extra”, ela fez a descoberta em novembro do ano passado. Desde então, tem lutado para superar as sequelas que um episódio como este causam e tem buscado se reinventar ao criar um projeto que auxilia outras mulheres a denunciarem abusos, bullying, assédio, violência contra elas.
Pillar conta que ficou sabendo do problema através do próprio pai. Ele, que tem 71 anos e mora em Ubá, cidade em que a atriz nasceu, telefonou a ela cobrando explicações. “Ele estava muito nervoso, me perguntando se eu tinha vindo para o Rio para virar prostituta”, contou ao jornal.
A atriz não entendeu nada. Até descobrir que havia um vídeo seu na plataforma de conteúdo adulto XVídeos. “Foi um choque até processar tudo isso. Quando entrei no site e digitei meu nome, achei um vídeo meu dançando funk, de roupa, que tinha gravado para um canal de humor. O título era: a dançarina mais gostosa Pillar”, relata Pillar ao "Extra". A atriz solicitou ao XVideos que a gravação fosse retirada do ar, o que aconteceu em menos de 24 horas.
Contudo, as sequelas duraram mais que isso. O pai da atriz ficou dois meses sem conversar com a filha e ela passou por episódios de depressão profunda. “Muita gente me apontava, me questionada. Descobri que já sabiam antes mesmo de me avisarem e aquilo me consumiu. Não porque me confundiram com garota de programa. Até porque, se eu fosse, ninguém teria nada com isso e não vejo como um problema. A questão é ser exposta sem qualquer defesa ou conhecimento”, afirma.
Há pouco tempo, a história voltou à tona. Perfis fakes começaram a surgir e ela resolveu publicar um vídeo publicado no Youtube em que conta o que houve. O vídeo foi gravado em dois momento - o primeiro, no auge do desespero com a história, e o segundo, quando estava mais equilibrada. “Aprendi editar e mesclei dois vídeos. Um no qual contava, sofrendo, e outro para dizer o quanto era importante falar sobre o assunto. Daí nasceu o projeto Por Um Fio, que digo que foi algo divino”, explica.
Através do “Por Um Fio”, que ela criou no Instagram, Pillar tem auxiliado outras mulheres a denunciarem abusos. Em pouco menos de um mês, já recebeu quase 200 emails com relatos. “O que eu posso ajudar é com o apoio para que elas mostrem a cara e denunciem o que passam. Digo que não sou psicóloga, mas encaminho para parceiras que dão orientação terapêutica e jurídica”, diz Pillar, que está fazendo documentários previamente autorizados sobre as histórias que vem recebendo.