Prefeitos de cidades históricas demonstram preocupação com a representação em Minas Gerais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em ofício enviado ao ministro Osmar Terra, os prefeitos de Diamantina, Ouro Preto e Congonhas solicitam a permanência de Célia Corsino no cargo de superintendente do Iphan em Minas. Terra é chefe do ministério da Cidadania, ao qual a autarquia que cuida do patrimônio é ligada.
Conforme apuração do Magazine, movimentações de bastidores estariam tentando viabilizar a substituição da servidora por alguém com indicação política.
Segundo os prefeitos, Célia é conhecida pela sua atuação técnica e dedicada em prol do patrimônio. “Mesmo diante da grave crise que assolou o país, Célia conseguiu impingir uma dinâmica gestão à frente da autarquia federal, com grandes investimentos nas cidades (que são) patrimônio mundial e forte aproximação e diálogo com o executivo municipal”, informa o documento.
“Em Minas Gerais temos o orgulho de ter 63% do patrimônio tombado do Brasil. São números que mostram a necessidade da atenção permanente frente à defesa do patrimônio cultural. O turismo ligado ao setor é uma fonte permanente de receita para as cidades, dentro da economia criativa do estado de Minas Gerais”, continua o texto.
A reportagem solicitou informações ao Iphan sobre possíveis mudanças na superintendência em Minas. Por meio de nota, a autarquia informou que "não há, no âmbito administrativo do Iphan, nenhuma informação a respeito de uma possível alteração na Superintendência do Instituto em Minas Gerais. Sempre que há qualquer alteração de caráter administrativo, estas são publicadas no Diário Oficial da União".