Pré-venda

Professora da UFMG lança livro sobre a pandemia de gripe espanhola no Brasil

Obra ‘A bailarina da morte’, da professora Heloísa M. Starling e de Lilia M. Schwarcz, investiga a doença mortal que há um século assombrou a humanidade e revela trágicas semelhanças com a Covid-19

Por Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2020 | 11:30
 
 
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No início do século XX, uma doença chegou ao Brasil a bordo de navios vindos da Europa. A gripe espanhola, como ficou conhecida a explosão pandêmica de uma mutação particularmente letal do vírus H1N1, matou dezenas de milhares de pessoas no país e cerca de 50 milhões no mundo inteiro. A partir de um vasto acervo de fontes e imagens da época, a professora de História da UFMG Heloisa Murgel Starling e a historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz recriam o cotidiano da vida e da morte durante o reinado de terror da "gripe bailarina", uma das maiores pandemias da história. O livro "A Bailarina da Morte" será lançado no dia 9 de outubro, mas já está disponível em pré-venda pelo grupo Companhia das Letras.

Altamente contagiosa, a moléstia atingiu todas as regiões brasileiras. A influenza hespanhola paralisou a economia e desnudou a precariedade dos serviços de saúde. Disputas políticas e atitudes negacionistas de médicos e governantes potencializaram o massacre, que vitimou sobretudo os pobres. Iludida por estatísticas maquiadas e falsas curas milagrosas, a população ficou à mercê do vírus até o súbito declínio da epidemia, no começo de 1919.

Sobre o livro, escreveu a neurocientista Suzana Herculano-Houzel: “Um atestado visceral de que não se lembrar da própria história é condenar-se a repeti-la. Nesta história com toques de ciência e por vezes ciência em contexto histórico, temos uma oportunidade para reconhecer que já estivemos aqui antes, numa pandemia que de fato concluiu um século. Quem sabe desta vez aprendemos a lição?".

Já a bióloga Natalia Pasternak opinou. “Entre negação da ciência, curas milagrosas e uma doença que escancarou as desigualdades sociais da época, os historiadores do futuro, ao analisar a brilhante obra de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling sobre a pandemia de 1918 — escrita durante a pandemia de 2020 —, indagarão, perplexos: Mas como pode ser possível que, em cem anos, não aprenderam nada?”.

Heloisa Murgel Starling nasceu em 1956. Historiadora e cientista política, é professora titular da UFMG. É autora de, entre outros, "Os senhores das gerais" (1986), "Lembranças do Brasil" (1999), "Brasil: Uma biografia" (2015), com Lilia Moritz Schwarcz, e "República e democracia: impasses do Brasil contemporâneo" (2017).

Já Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, "O espetáculo das raças" (1993), "As barbas do imperador" (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), "Brasil: Uma biografia' (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e "Lima Barreto: Triste visionário" (2017, prêmio Jabuti de Biografia).

Serviço:

"A Bailarina da Morte" (Companhia das Letras)

Lançamento: 9 de outubro

Número de páginas: 368

Tiragem: 10 mil

Preço: R$ 59,90

E-Book: R$ 29,90

 

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