Tem início nesta sexta-feira, prosseguindo até domingo (13), a segunda edição da “Mostra Diálogos Pela Equidade”. O evento traz uma programação virtual e gratuita de filmes e debates, além de uma performance, sobre o cotidiano de desafios e lutas de uma diversidade de mulheres. O objetivo é contribuir com a promoção do acesso aos direitos das mulheres, somando esforços à construção da participação política, ao enfrentamento da violência, ao empoderamento feminino, à inclusão e aos avanços na cidadania.

A programação será transmitida pelas redes do Circuito e da Fundação Municipal de Cultura, com ingressos gratuitos - no caso dos filmes, a plataforma será o Vimeo; já nis debates, o YouTube. Os filmes ficarão disponíveis para exibição por 48h e os ingressos poderão ser retirados até duas horas antes do fim deste período.

A “Mostra Diálogos Pela Equidade” surgiu em 2019, envolvendo o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25/11) e o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12). Na ocasião, os esforços integraram uma campanha internacional fomentada pela Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres, que foi chamada de "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres". A primeira edição contou com filmes e debates no MIS Cine Santa Tereza.

Programação

A “II Mostra Diálogos Pela Equidade” começa nesta sexta às 18h, com a exibição do filme “Semente: Mulheres Pretas no Poder” (2020), que retrata as eleições de 2018. Após a execução de Marielle Franco, as eleições contaram com uma forte presença de mulheres negras no Brasil, com candidaturas em todos os estados. 

Em tempo: exibição por meio do Vimeo, com retirada de ingressos pela Sympla. Após a exibição, às 20h, haverá um debate ao vivo com as diretoras Éthel Oliveira e Júlia Mariano, além da cineasta paulistana Julia Katharine (diretora do curta “Tea For Two”, de 2018), Aline Vila Real (diretora de Promoção das Artes da FMC) e Viviane Coelho Moreira (diretora de Políticas para Mulheres).

Já no sábado (12), a mostra traz três filmes, que serão exibidos a partir das 18h. O primeiro é “Tea for Two” (2018), da paulista Julia Katharine - primeiro filme dirigido por uma mulher trans a entrar no circuito comercial de cinema no Brasil. O curta apresenta a história de um triângulo amoroso entre três mulheres, sendo que uma é interpretada pela própria diretora.

O segundo é “Até o Fim”, dirigido pelos mineiros Ary Rosa e Glenda Nicácio, que marca a estreia da influenciadora digital Maíra Azevedo, a Tia Má, no cinema. Na trama, quatro irmãs se reencontram após 15 anos para esperar a iminente morte da mãe. Fechando o trio, “Minha História é Outra” (2019), de Mariana Campos, cuja narrativa apoia-se nas histórias de Niázia e Leilane para falar sobre o amor entre mulheres negras.

Ainda no sábado (12), às 20h, a mostra abre espaço para o teatro com a performance “O Amor é Tudo Aquilo que Dissemos que Não Era”, de Sabrina Rauta, que foi trazida pelo Circuito à programação. Trata-se de uma livre adaptação do romance “Bem-Vindos ao Paraíso”, da escritora jamaicana Nicole Dennis-Benn. Através de uma cena-experimento online que traz o contexto sobre o amor entre duas mulheres, a artista mineira apresenta uma visão artística carregada de sarcasmo e contornada pelas questões atuais.

No domingo (13), às 18h, a programação começa com a exibição do curta-metragem “Carne” (2019), de Camila Kater, que apresenta relatos de cinco mulheres sobre suas experiências em relação ao corpo, misturando documentário e animação. No mesmo horário, também será exibido o filme “Precisamos Falar de Assédio”, dirigido por Paula Sacchetta, que traz 27 relatos de mulheres de São Paulo e Rio de Janeiro, de idades entre 15 e 84 anos, contando sobre situações de violência que já sofreram. Encerrando a Mostra, as duas diretoras participam de um debate que será transmitido ao vivo, com a participação de Joel Dias (diretor de Políticas para a População LGBT / SMASAC PBH) e Margareth Ribeiro de Araújo ( Socióloga, Mestre em Ciência Políticas e Consteladora Sistêmica).

A iniciativa é realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria de Cultura (SMC), da Fundação Municipal de Cultura (FMC) e da Secretaria de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC), em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC).

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