Com a proposta de destacar o talento de violonistas brasileiros e do resto do mundo, o “Sons da cidade: Mostra internacional de violão de Belo Horizonte” está de volta ao formato presencial depois de duas edições virtuais por causa da pandemia da Covid-19.
Em sua quarta edição, o projeto começa nesta quinta-feira (25), de forma gratuita, no Conservatório da UFMG, no centro da cidade.
Os organizadores não escondem o entusiasmo pelo regresso aos palcos.
"A retomada da versão presencial após uma avalanche de restrições pandêmicas, traz um baita frescor, enchendo-nos de renovação, vida, força, alegria, violonismo, serendipity, humanidade e esperança! Afinal, encontrar, fazer música e interagir 'tête-à-tête' são atos necessários imanentes à condição humana", comemora Carlos Walter, um dos coordenadores da mostra.
Neste ano, a proposta do festival é explorar a diversidade artística vinda de várias partes do planeta.
"Queremos mostrar como o violão atravessa as expressões culturais no Brasil e no mundo. A mostra pretende trazer essa potência do instrumento não só para os concertos, mas também para as rodas de conversas e lançamentos de livros que fazem parte da programação", projeta Fernando Chagas, que também encabeça a iniciativa.
Segundo ele, eventos como o "Sons da Cidade" são essenciais para a divulgação da música feita com instrumentos populares como o violão.
"A ideia é trazer o violão para o centro da cidade, de maneira gratuita, e assim promover uma comunicação e uma produção mais afetiva com quem chega para assistir a mostra. Acredito que a diversidade, tanto de estilos quanto de ações, promove isso. É um jeito de valorizar o violão, esse instrumento popular que está tão presente no cotidiano, seja nas ruas, no ônibus, no metrô, nas escolas, nas praças, nos teatros, na igreja e nos bares", resume.
Agenda ampla
Entre os convidados desta edição, estão artistas de renome da cena musical internacional e local, como a cubana Ariadna Cuellar, a gaúcha Andrea Perrone e o paulista Ulisses Rocha.
A abertura da mostra contará com um recital do violonista mineiro, Gulherme Vincens. Ao vivo, ele vai tocar arranjos e composições próprias em homenagem aos 50 anos do Clube da Esquina, os 100 anos da Semana de Arte Moderna e à memória do compositor, arranjador, pianista e filósofo da música Ian Guest (1940-2022).
Na sequência, quem sobe ao palco é a instrumentista cubana Ariadna Cuellar, que vai fazer seu primeiro show em terras brasileiras. No repertório, ela vai mostrar canções próprias além de clássicos cubanos de compositores como Leo Brouwe, Ñico Rojas, Eduardo Martín e Francisco Rodríguez.
Já na sexta-feira (26), a dupla Marcilio Lopes e Lucas Porto vai mostrar um concerto de choro brasileiro, com arranjos camerísticos originais para obras de Ernesto Nazareth, Pixinguinha e outros compositores contemporâneos.
Quem encerra a agenda musical da mostra no sábado (27), é o duo de guitarra e piano Barceló-Mikhaylisheva. Formado pelo violonista Ricardo Barceló (Portugal) e a pianista Svetlana Mikhaylishcheva (Alemanha), os músicos vão apresentar obras de Boccherini, Barceló, Diabelli e Brouwer, abrangendo diferentes estilos e épocas.
Além da parte musical, o festival contará ainda com rodas de conversa, lançamento de livro, CD e um documentário.
A programação completa do "Sons da Cidade" pode ser conferida no site oficial do evento.
Serviço
O quê: Quarta edição do "Sons da Cidade - Mostra Internacional de Violões de BH"
Quando: De quinta (25) a sábado (27)
Onde: No Conservatório da UFMG (av. Afonso Pena, 1534 – Centro)
Quanto: Gratuito