Trabalhos de artistas renomados como Tomie Ohtake, Amilcar de Castro e Bruno Giorgi ganham uma nova vitrine em terras mineiras com o novo Centro de Memória Usiminas, espaço cultural interativo que a companhia inaugura nesta terça-feira (26), na cidade de Ipatinga.
Montado no prédio do Grande Hotel de Ipatinga, o centro vai exibir, de forma permanente, o acervo de obras que a companhia reuniu ao longo de quase 60 anos de operação. Além dos trabalhos artísticos em exposição, o local pretende contar um pouco da história da indústria do aço no país.
“No momento que a empresa caminha para o seu 60º aniversário de operação, entregamos à população, não só de Minas Gerais, mas de todo o Brasil, um espaço vivo, um ambiente para experiência e que evidencia a história da nossa indústria”, afirma Sergio Leite, presidente da Usiminas.
Com cerca de 300 itens, entre pinturas, esculturas e objetos de arte, todo material poderá ser acessado de forma interativa, em formato virtual e presencial.
A diretora corporativa de comunicação e relações institucionais da Usiminas, Ana Gabriela Dias Cardoso, ressalta a importância do espaço no processo de construção de um testamento cultural da cidade.
"Além do Grande Hotel de Ipatinga, que está sendo reaberto e que é um bem tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Município, a gente vai proporcionar aos visitantes uma experiência única que é poder fazer um passeio pela história da industrialização brasileira", observa a executiva.
"Esse novo ambiente vai dar ao público acesso direto ao importante arquivo da arte moderna e contemporânea que a Usiminas acumulou por essas décadas. Isso é algo muito rico e representativo", acrescenta.
Ana Gabriela espera ainda que o centro de memória servia como um grande motivador didático e cultural para a comunidade.
“É um lugar que terá uma atuação educativa muito forte, já que mostraremos não só da história da indústria, mas também da cidade e da atual arte produzida no Brasil. Para nós, isso é sem dúvida um momento de festa e muito orgulho", conclui.
Marca do progresso
Entre as peças históricas que estarão expostas no Centro de Memória Usiminas, está a locomotiva que fez o primeiro transporte de ferro gusa para a companhia. Fabricado no Japão nos anos 1960 e com a capacidade para transportar 20 toneladas de produto, o veículo – que foi desativado nos anos 1990.
Símbolo do processo de industrialização e modernização em Minas, o trem foi instalado no jardim do espaço cultural e ficará aberto todo o tempo à visitação do público.
Grande Hotel
Projetado pelo arquiteto Rafael Hardy, o Grande Hotel Ipatinga foi construído pela Usiminas e inaugurado em 1961. Utilizado como importante espaço para hospedar visitantes da área siderúrgica e autoridades nacionais e internacionais, o hotel funcionou até os anos 1990, e foi tombado como patrimônio cultural municipal em 2000, sendo conservado desde então pela Usiminas.
Agora como nova sede do Centro de Memória Usiminas, o prédio passa a integrar um circuito de patrimônios da cidade de Ipatinga, que já conta com outros bens recuperados recentemente pela empresa como o Teatro Zélia Olguin, a Estação Pedra Mole e a Fazendinha.