Primeiro de quatro EPs que serão lançados até outubro, e que farão parte do sexto álbum que nascerá no fim do ano, “Veia Nordestina” pode ser encarado não só como a busca de Mariana Aydar por um tom mais popular e de fácil assimilação pelo público depois do conceitual “Pedaço duma Asa”, mas também como uma volta às raízes – sons nordestinos típicos compõem o EP, bem puxado para o forró, estilo que sempre fez parte da vida da cantora paulistana.
“Dizem que isso acontece quando você faz 40 anos”, comenta. “O forró veio na minha infância, percorreu minha adolescência. Sempre esteve nos meus pilares musicais”, completa.
O EP tem três faixas: “Veia Nordestina”, composta por Aydar em parceria com Isabela Moraes, “Se pendura”, de Duani Martins, e “Forró de ET”, também autoral e que conta com participação de Elba Ramalho. O conteúdo está disponível nas plataformas de streaming.
Regionalismo. Recorrer aos sons do Nordeste, inclusive, interferiu no processo de composição da cantora. “Estou pegando mais a caneta. O forró tem uma linguagem mais simples, mais direta, mesmo que seja o meu forró, um forró meio baiano”, explica.
“Veia Nordestina” também representa uma novidade na carreira da paulistana. Se antes ela pensava na obra como uma peça única, agora ela tem a possibilidade de montar um quebra-cabeça: “Eu não sabia direito onde isso ia dar. Cada EP tem sua cara, mas com uma coerência entre si. Sempre penso numa obra maior. Estou sempre pensando nos dois, nos EPs e no disco total”.