BELO ORIENTE " A Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra) assinou ontem protocolo de intenções junto à Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) para o fornecimento de gás natural.
O insumo deverá abastecer os fornos da empresa a partir de julho de 2008, quando estarão concluídas as obras de construção do gasoduto Vale do Aço. O contrato entre as duas companhias está orçado em R$ 360 milhões, com fornecimento mensal previsto em 9 milhões de metros cúbicos.
O gás substituirá o óleo combustível nos três fornos a cal e na caldeira a óleo da Cenibra. A economia gerada em todo o processo, segundo o diretor-presidente da Cenibra Fernando Henrique da Fonseca, será em torno de 3%. Cerca de 30% de todo o gás distribuído pela Gasmig é proveniente da Bolívia.
O restante vem da Bacia de Campos (RJ). A diretoria da Gasmig e a diretoria do governo de Minas não trabalham com a hipótese de que o governo boliviano vá boicotar o fornecimento ao Brasil.
"Se o Brasil parar de comprar o gás da Bolívia, eles irão vender o insumo para quem"", observou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Nélio Brumer. O gás natural vem da bacia de Campos.
O gasoduto já está abastecendo a Gerdau Açominas, em Ouro Branco, e a Mina de Fábrica, em Ouro Preto. Além delas, serão abastecidas também Novelis (Ouro Preto), Belgo Mineira (João Monlevade), Usiminas (Ipatinga) e Acesita (Timóteo). A princípio, 17 cidades mineiras serão contempladas pelo gasoduto Vale do Aço.
O empreendimento está orçado em R$ 436 milhões, dos quais R$ 40 milhões já foram empregados. O edital de construção do restante do gasoduto deverá circular na praça nas próximas semanas, informou Brumer. Ao todo cerca de 500 empregos deverão ser gerados no pico de obras.
O repórter viajou a convite da Gasmig/Cenibra