A promessa da Amazon para tornar a assistente de voz Alexa mais inteligente segue de pé e ganhou uma atualização neste fim de semana. A empresa quer cobrar uma assinatura mensal de ao menos US$ 5 (cerca de R$ 27) e fazer o lançamento em agosto da ferramenta.
A versão paga poderia realizar tarefas complexas como redigir um email e enviá-lo, ou pedir o jantar para entrega em aplicativos a partir de um único comando. Isso também eliminaria a necessidade de dizer "Alexa" repetidamente.
A Amazon corre contra o tempo enquanto Google e a OpenAI mostram avanços atrás de avanços na interação por voz. As duas empresas são as mais fortes no chamado "tabuleiro da IA", ao lado da Nvidia e Microsoft.
Na última atualização do ChatGPT, por exemplo, a naturalidade da conversa por voz lembrou o filme 'Her', em que a assistente Samantha é interpretada pela atriz Scarlett Johansson. A semelhança com o tom de Scarlett não pegou bem para a OpenAI, que retirou a opção daquele tipo de voz, mas a tendência segue firme."Hey, Siri". Nas últimas semanas, a Apple entrou na disputa e anunciou uma atualização de Al para a assistente de voz Siri e seus sistemas operacionais. Analistas de tecnologia afirmam que a atualização da Apple pode deixar a Alexa para trás.
As novas funções dos produtos Apple são fruto de parceria com a OpenAI, que também é a base por trás do assistente Copilot, da Microsoft. Já a Alexa deverá usar os modelos da Anthropic, startup fundada por ex-funcionários da OpenAI. Desde 2023, a empresa de Jeff Bezos investiu US$ 4 bilhões na companhia.
O CEO Andy Jassy prometeu uma "Alexa mais inteligente e capaz" ainda este ano, numa carta aos acionistas em abril.
Lançada em 2014, a divisão que desenvolve a tecnologia da assistente da Amazon segue sem dar lucro.
RELEMBRE
A onda iniciada pela OpenAI, e o seu ChatGPT, aconteceu na virada de 2022 para 2023. Desde então, as chamadas big techs correm para lançar serviços diferenciados e contornar propostas de regulação, que avançaram principalmente na Europa.