Os visitantes do Parque Municipal, no centro de Belo Horizonte, ganharam mais uma opção de lazer. No local onde até a pandemia de Covid-19 funcionava uma lanchonete, acaba de ser inaugurado o Parque Central Gastrobar, de portas abertas desde o café da manhã até o fim da tarde, com um cardápio que vai do pão de queijo com cafezinho a petiscos acompanhados por cerveja.

A iniciativa venceu uma licitação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e funciona em frente à Lagoa dos Barcos. É o único restaurante com autorização para funcionar no parque, segundo a prefeitura, além dos ambulantes licenciados para vender algodão doce e pipoca.

A inspiração para a reforma do quiosque são os primórdios do parque, inaugurado em 1897. “Fiz uma pesquisa no arquivo público das décadas de 40 e 50, e o projeto seguiu referências antigas”, explica o fundador da casa, o empresário Victor Gonzalez. Ele recuperou, por exemplo, a história do bar que funcionava no coreto na década de 40. O design curvo do quiosque, pintado com cores claras, é assinado pelo escritório de arquitetura Studio 68.

Inicialmente, o bar do Parque Municipal funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, mas Gonzalez planeja estender o horário até as 20h30. O cardápio abre com café da manhã, e a casa também serve massas artesanais e petiscos. O almoço varia de R$25 a R$ 35, e os lanches, de R$ 5 a R$ 10. O café coado custa R$ 3 reais, e os especiais, com torra e grãos selecionados, chegam a R$ 16. Opções de drinks custam, em média, R$ 20, e a cerveja, R$9. 

“A intenção não é ser visto só como boteco. Também temos cafés especiais e trabalhamos com drinks. A ideia é atender a tudo e a todos. Temos a parte de salgados, a de café da manhã, o almoço e atendemos quem quer tomar uma e comer um negocinho no fim da tarde. Nossa intenção é reviver os anos dourados do parque”.

O objetivo de Gonzalez é integrar o Parque Central ao circuito de outros empreendimentos no centro de BH, como o restaurante Montê, na praça da Estação, e o novo mirante do edifício Acaiaca. “A ideia é andar junto com o programa Centro de Todo Mundo, da prefeitura”, diz Gonzalez. O programa é uma inciativa de requalificação da área central da cidade e inclui reformas na praça da Estação e na avenida Afonso Pena.

Gonzalez finaliza com um convite: “há pessoas no meu círculo social que não vieram ao parque nos últimos dez, 15 anos. Meu intuito é trazer essas pessoas para verem o que nós temos aqui”.