No segundo trimestre de 2024, Minas Gerais registrou crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação ao mesmo período do ano anterior, somando R$ 284 bilhões. Deste valor, R$ 32,4 bilhões foram originados pelas atividades de agricultura, pecuária e produção florestal, R$ 70,9 bilhões pelas indústrias, R$ 149,1 bilhões pelos serviços e R$ 31,6 bilhões dos impostos indiretos sobre produtos líquidos de subsídios. No período, a participação do Estado no PIB brasileiro, estimado pelo IBGE em R$ 2,89 trilhões, foi de 9,8%.

O PIB é o principal indicador do valor econômico criado pelas atividades produtivas de um território durante determinado período, e sua análise possibilita compreender os fatores responsáveis pelo desempenho agregado da economia. Se comparada ao 1º trimestre deste ano, a expansão do PIB mineiro foi de 0,6%, especialmente pelos resultados positivos do 2º trimestre nos serviços, na agropecuária e indústria da construção.

No acumulado do ano (primeiro semestre), o PIB mineiro cresceu 2% em comparação ao primeiro semestre de 2023. Os dados do PIB foram divulgados, nesta quinta-feira (12/9), pela Fundação João Pinheiro (FJP). O indicador mede a geração de riquezas de uma economia e registrou aumento do nível de atividade do estado em todas as bases de comparação.

No 2º trimestre, a agropecuária de Minas Gerais registrou expansão de 1,7% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, segundo a FJP. O crescimento do setor no período pode ser atribuído principalmente à contribuição das atividades agrícolas. Na pecuária, conforme divulgou a FJP, nessa mesma base de comparação, a produção de leite praticamente não se alterou e, na produção florestal, houve queda da demanda por insumos tanto na metalurgia estadual quanto na fabricação de produtos de papel, papelão e celulose.

A indústria extrativa estadual teve retração de 8,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas, na comparação com o mesmo período de 2023, contabilizou expansão de 3,0%. Já a indústria de transformação desacelerou 0,2% em relação ao trimestre anterior, com expansão de 0,1% frente ao mesmo período de 2023. Nas atividades de geração e distribuição de eletricidade, gás, água e saneamento, o crescimento em relação ao mesmo trimestre do ano passado foi de 3,4% e, em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve retração de 3,2%. Na construção civil, o crescimento foi de 0,6% em relação ao trimestre anterior e de 6,0% em relação ao mesmo período de 2023.

Nos serviços, o comércio apresentou expansão de 2,2% na comparação com o período Janeiro-Março/2024 e de 5,6% com o mesmo período de 2023. Nas atividades de transporte, foi registrado crescimento tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior (1,1%) quanto na interanual (1,7%). Em relação a outros serviços, o estado registrou avanço de 2,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% com o mesmo período do ano passado. Também houve expansão na administração pública, que contabilizou aumento de 0,5% frente janeiro a março, e de 1,8% em relação ao mesmo período de 2023.

Com a meta de ver Minas alcançar 1 milhão de empregos formais gerados durante sua gestão, o governador Romeu Zema comemora o crescimento do PIB no Estado e projeta ainda mais avanços a partir da atração de investimentos e política de desburocratização que torna Minas Gerais mais atrativa para quem produz e gera emprego e renda para os mineiros. "Quero deixar como legado de governo poder falar que em Minas Gerais só não trabalha quem não quer”, disse o governador para a Agência Minas. Zema citou ainda a recuperação na credibilidade do Estado e o esforço para garantir um ambiente "seguro e amigo para quem quer investir".