O uso dos cheques no Brasil caiu 96% em 30 anos do Brasil. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indicam que, no ano passado, os brasileiros usaram 137,6 milhões de pré-datados, a maior variação desde 1995, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques.
O estudo da Febraban mostrou que o número de folhas administradas nos bancos cai anualmente no país, chegando ao menor patamar em 2024, sob forte influência do crescimento dos canais digitais de pagamento, como o Pix - principal meio utilizado hoje pelos brasileiros. O levantamento tem como base o Serviço de Compensação de Cheques (Compe).
Em 2024, o volume financeiro dos cheques somou R$ 523,19 bilhões, queda de 14,2% em comparação a 2023. “Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil. São diversos motivos que ainda fazem este documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes com os meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento, utilização como caução para uma compra, como opção em localidades com problemas de internet, entre outros”, analisou Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
Os números também mostram que o valor médio do cheque é mais alto, o que significa que a população está usando este meio de pagamento para transações de maior valor, enquanto as transações menores e do dia a dia são feitas com o Pix, complementa o diretor. “No ano passado, o tíquete médio do documento foi de R$ 3.800,87 ante R$ 3.617,60 de 2023”, finalizou.