A Natura&Co divulgou, nesta quinta (20/02), que está discutindo com a gestora IG4 a venda das operações da Avon fora da América Latina.

A possibilidade da holding se desfazer do braço internacional da empresa de cosméticos já havia sido anunciada em dezembro do ano passado, quando, em meio à recuperação judicial da Avon Products nos Estados Unidos, o tribunal de falências daquele país aprovou um acordo global de compra e venda de ativos.

No comunicado de 4 de dezembro, Guilherme Castellan, diretor-financeiro e de relações com investidores da companhia, disse que a empresa retomaria estudos para a Avon fora da América Latina. A movimentação, afirmou, estava "alinhada à estratégia da companhia de simplificar sua estrutura societária e proporcionar maior autonomia para seus negócios operarem".

Nesta quinta, o comunicado da companhia afirma que as tratativas vêm sendo mantidas em exclusividade, mas ainda em estágio inicial. A Natura&Co, segundo o comunicado, "permanece avaliando outras alternativas estratégicas".

A holding da Natura vem se reorganizando depois que sua estratégia de expansão e internacionalização não saiu como esperado. A companhia acumulou prejuízos líquidos em 2022 e 2023, trocou de comando — Fabio Barbosa, ex-Santander, virou CEO — e começou a vender suas marcas estrangeiras. A The Body Shop foi comprada por um fundo de investimento alemão e a Aesop foi vendida para a L'Oréal.