A ArcelorMittal inaugurou, nesta sexta-feira (14), a ampliação das atividades de trefilaria na planta de Sabará, a primeira da companhia, na região metropolitana de Belo Horizonte. O aporte para a expansão foi de R$ 144 milhões, e deve resultar em uma alta de 35% na produção de aço para a indústria automotiva. 

Atualmente, são mais de 5 mil de produtos, acabados e prontos para uso nas montadoras ou semi-prontos para finalização conforme as necessidades de cada empresa, que são fabricados na unidade de Sabará. 

Para a expansão, a companhia construiu um novo galpão e fez a aquisição de dois novos maquinários, vindos da Alemanha. A nova estrutura foi apresentada à imprensa pelo CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração Latam, Jefferson De Paula, em cerimônia junto ao governador Romeu Zema (Novo). 

De Paula frisou que a expansão em Sabará ocorre com uma tecnologia de ponta, classificada por ele como a “melhor disponível no mundo”.  “Não existe, em termos de qualidade e produtividade, (tecnologia) superior”, frisou. O CEO garantiu que o objetivo será fortalecer a entrega de aço de alto valor agregado à indústria automotiva. 

Dos maquinários, instalados em um casarão centenário de Sabará, saem molas, amortecedores, parafusos, eixos, barras estabilizadoras, fixadorad, hastes e outros insumos. A aplicação é viável em carros populares, bem como nos chamados SUVs. 

“Aqui é uma planta ícone da ArcelorMittal, no Brasil e no mundo, porque aqui começou a produção de aço no Brasil e na América Latina”, frisou Jefferson De Paula. Cerca de 40% da produção de Sabará atende a indústria automobilística e o restante é distribuído em outros setores como o de metais. 

À imprensa, o CEO garantiu que os investimentos da companhia visam o crescimento da economia nacional a médio e longo prazo. Entre 2021 e 2028, a ArcelorMittal trabalha com um ciclo de investimentos em sustentabilidade, reformas e modernização nas unidades de Juiz de Fora e João Monlevade. 

“O Brasil é um país com potencial gigantesco para crescimento, é lógico que precisa de política pública, de investimentos privado. Mas a gente acredita que o Brasil tem tudo para crescer forte nos próximos 10, 20, 50 anos. Então, nunca faríamos esse investimento estratégico pensando no próximo ano ou daqui três anos, é sempre no longo prazo”, assinalou.

O governador Romeu Zema (Novo) celebrou o aporte da siderúrgica que, segundo ele, gera produtos de alta precisão à indústria automobilística. “E não só aqui no Brasil, mas também lá fora, melhorando inclusive as nossas exportações”, disse o chefe do Executivo.