Quinta maior rede supermercadista do país, o Supermercados BH passa por um momento de expansão muito importante, de acordo com o proprietário Pedro Lourenço de Oliveira. “Todo ano é muito especial para o BH, mas 2025 é um ano atípico, né? Nós compramos a rede Bretas, com 54 lojas, e vamos chegar em várias regiões onde a gente não tinha unidades. Além disso, ainda vamos abrir mais 18 lojas até o fim do ano”, afirmou o empresário, depois de conceder entrevista exclusiva sobre o Cruzeiro a O TEMPO Sports, na noite desta segunda-feira (7).
A expectativa é que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) dê o parecer sobre a compra em até 60 dias. em 2024, o faturamento do BH foi de R$ 17,3 bilhões.
Pedrinho, como é conhecido, revelou que tentou comprar a operação da rede Bretas em Goiás, mas essas unidades ficaram para uma segunda fase de negociação entre o Supermercados BH multinacional chilena Cencosud. “Se eu tiver oportunidade, quero expandir para Goiás. Agora, Rio de Janeiro e São Paulo, eu não sei”, disse o empresário. “Eu só queria ter uma loja. Então, Deus me deu tantas lojas.. Eu não tenho um cronograma para abrir tanta loja, as coisas vão acontecendo”.
No total, a rede Supermercados BH tem mais de 300 lojas, sendo mais de 40 no Espírito Santo. Em até três anos, a expectativa de Pedrinho é ter mais de 60 lojas no estado vizinho, estando presente na grande maioria dos 78 municípios capixabas.
Enquanto isso, outras redes têm entrado em contato com Pedro e seus filhos, oferecendo operações para serem adquiridas. “Neste ano eu não posso comprar, porque eu comprei a rede Bretas e mais umas lojas no Espírito Santo. Neste ano, tem que ficar nessas aí, tem que ser profissional”, adiantou.
A rede Supermercados BH nasceu em 1996, quando Pedrinho assumiu uma mercearia no bairro São Benedito, em Santa Luzia. Segundo ele, o segredo do sucesso de seus supermercados está em tratar todas as pessoas igualmente - sejam elas ricas ou de menor poder aquisitivo. O mix de produtos pode até variar conforme a localização das lojas, mas os preços são os mesmos. “Se for no na periferia, se for na favela, se for na zona sul, o conteúdo das lojas é igual. Todo ser humano tem o direito de ter uma coisa bacana, um piso de granito, uma loja bonita”.
Sem medo
A elevação da taxa básica de juros e a perspectiva de redução no crescimento da economia brasileira, somados a um cenário de inflação e recessão nos Estados Unidos, não devem atrapalhar os planos de expansão de sua empresa, garante Pedro Lourenço.
“Essa palavra crise lá no nosso supermercado nunca teve, né? E eu espero que nunca vá ter. Então, eu acho que vai piorar mais é para os Estados Unidos, porque quando se taxa, se aumenta o imposto, cresce o valor da mercadoria. Mas isso não vai afetar o Brasil, porque temos autossuficiência de muitas coisas”, disse Pedrinho, acrescentando que, embora os brasileiro tenha se assustado com a subida de preços de ovos e café nas últimas semanas, outros produtos da cesta básica estão com valores bem estabilizados.