O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG) e CEO da Prime Talent participou do seminário sobre o futuro do trabalho promovido por O TEMPO. Para David Braga, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG) e CEO da Prime Talent, a expressão “reter talentos” já não faz sentido no cenário atual. “A gente retém presos, é preciso engajar”, afirma. Braga foi um dos participantes do painel “Entre gerações: estratégias para um mercado mais diverso, preparado e competitivo”, durante o seminário “Conexões Profissionais: O Futuro do Trabalho entre Gerações”, promovido pelo jornal O TEMPO no dia 20 de maio. O evento nasceu a partir da série de reportagens especiais Mercado de Trabalho: na fronteira das gerações, produzida pela editoria Mais Conteúdo, a partir de uma pesquisa inédita realizada pela DATATEMPO/ Fecomécio MG.
Como as organizações podem ir além do simples “reter talentos” e realmente engajar seus colaboradores com propósito?
A primeira coisa que eu gosto sempre de comentar é que o reter por si só já caiu em desuso. A gente retém presos. É preciso engajar as pessoas para que elas possam se conectar com o seu propósito e, assim, se manter dentro da organização. Quando você percebe que aquilo que faz contribui positivamente para a sociedade ou para a entrega de resultados, começa a entender que faz parte de algo maior.
Como as lideranças podem adaptar suas abordagens para lidar com a diversidade e aproveitar o melhor de cada geração e garantir que todos contribuam efetivamente para os resultados da empresa?
Liderar equipes diversas requer comunicação, compreensão e acolhimento. Cada indivíduo traz perspectivas únicas, e os líderes precisam promover um ambiente em que todos se sintam valorizados e capazes de expressar suas opiniões sem medo.
No painel do qual você participou, foi abordado o “apagão” de mão de obra no comércio de modo geral. Você acredita que é possível devolver a atratividade do setor com quais melhorias?
As pessoas querem ser valorizadas, ter visibilidade de crescimento e saber onde o trabalho delas impacta o todo. É preciso trazer sentido: o que estou fazendo? Para que estou fazendo? As áreas de RH devem ser agentes de transformação, apoiando as lideranças. É preciso se reinventar, entender que tipo de profissional se quer atrair e escutá-los. O caminho é inverso: não é o que oferecer, mas o que queremos ser como empresa.
Confira a participação do presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG) e CEO da Prime Talent no painel “Entre gerações: estratégias para um mercado mais diverso, preparado e competitivo”: