A semana começou movimentada na Bolsa de Valores de São Paulo, com rumores disparados no final de semana de que a Renner estaria em negociações preliminares para comprar sua concorrente C&A. A movimentação aumentou as ações da C&A e derrubou as da Renner e levou a Comissão de Valores Imobiliários (CVM), que monitora o mercado de valores, vinculada ao Ministério da Fazenda, a cobrar esclarecimentos da Renner. Caso a negociação estivesse em curso, isso precisaria ter sido divulgado na forma de um Fato Relevante ao mercado.
Agora, a empresa negou oficialmente que esteja negociando a compra da C&A. “A Companhia esclarece que não procedem as informações de que a Lojas Renner (LREN3) estaria negociando a compra da operação brasileira da varejista de moda C&A (CEAB3). Dessa forma, entendemos que não há esclarecimentos adicionais, bem como não há que se falar em Fato Relevante e em documentos arquivados no Sistema Empresas.NET”, diz o documento divulgado pela Renner. As siglas entre parênteses são o nome com que as empresas aparecem na Bolsa. O Sistema Empresas.NET é utilizado pelas empresas cadastradas no CVM. No terceiro trimestre de 2022, a Renner lucrou R$ 257,9 milhões. Já a C&A registrou prejuízo líquido de R$ 61,4 milhões.
Nos últimos anos, a C&A, surgida na Holanda, vendeu seu negócio no México e na China. Desde 2020, circulam rumores no mercado de que a família Brenninkmeijer, fundadora da marca, poderia analisar um movimento parecido no Brasil.