Quando o negócio de uma empresa é impactar positivamente a sociedade, estamos diante de um empreendimento social. E capacitar as pessoas que estão por trás dessas empresas é o desafio da Organização Social (OS) NaAção. “Nosso objetivo é transformar o país por meio das pessoas. Queremos potencializar o protagonismo delas”, afirma a cofundadora da NaAção, Gabriela Oliveira Crego. A OS já acelerou 17 empresas e 34 empreendedores sociais, em dois anos de existência. “Queremos impactar um milhão de pessoas”, diz a cofundadora da NaAção, Carolina Antunes.

Sem fins lucrativos, a instituição realiza jornadas para negócios de impacto social em um processo de aceleração. Funciona como um game e dura cerca de seis meses. Cada empresa recebe cursos e mentorias de acordo com seus desafios e apresenta resultados mensais. No fim da jornada três projetos são premiados pela NaAção.

Entre os projetos que já passaram pela aceleradora estão a TC Idiomas, uma escola de inglês voltada para alunos de escola pública, a Zoto Design, que constrói móveis com resíduos de empresas, e a Embaixadores de Minas, que capacita alunos da rede pública a resolverem problemas de suas escolas. “A gente quer mostrar para os jovens que eles têm potencial para resolver os problemas e mudar o seu entorno”, explica a cofundadora do Embaixadores, Brenda Maia Alves. O Embaixadores utiliza o espaço de coworking da NaAção e com a ajuda da aceleradora está realizando no dia 20 de novembro, o evento “Crie o Impossível”, no Mineirão. Ele é voltado para alunos do ensino médio da rede pública e já conta com mais de 7.000 inscritos. “Com a ajuda da NaAção, deixamos de ser um projeto social e dirigimos nossas carreiras profissionais para o Embaixadores”, conta Brenda.

“Um dos maiores desafios é aproximar o empreendedorismo social do mercado. Esses projetos são empresas, podem ganhar dinheiro e mesmo assim gerarem impacto social”, explica Carolina. Para ela, falta uma regulação própria para os empreendimentos sociais. Um dos próximos projetos da NaAção é transformar a moeda virtual Gudcoin, que os projetos utilizam dentro da OS para se ajudarem, em uma criptomoeda na plataforma blockchain.

 

Curso ajudou na mudança da carreira

Cofundadora da NaAção, Carolina Antunes que é advogada, conta que o curso do Instituto de Formação de Líderes (IFL) a ajudou a abraçar o empreendedorismo social. “O IFL me ajudou a entender que eu poderia crescer e atuar na área que eu realmente queria”, conta.

“Acreditamos nas pessoas. Não adianta ficar esperando a ação do Estado para mudanças na sociedade”, diz o presidente do IFL, Rafael Ohana.