Siderurgia

Após invasão do aço chinês no país, Usiminas confirma paralisação de alto-forno

Alto-forno 1 da Usina de Ipatinga terá a operação suspensa como resposta da Usiminas à importação crescente no Brasil do aço da China, que chega ao país subsidiado pelo governo chinês e com preços abaixo do custo de produção


Publicado em 15 de dezembro de 2023 | 14:46
 
 
 
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A Usiminas paralisou nesta sexta-feira (15/12) as atividades do alto-forno 1 da Usina de Ipatinga. O equipamento, com capacidade para cerca de 600 mil toneladas de ferro gusa por ano, teve a operação suspensa como uma resposta da empresa ao índice crescente de aço importado que vem entrando no Brasil ao longo de 2023. O ferro gusa é a matéria-prima do aço.

O aço importado vem principalmente da China, de forma subsidiada, e chega ao país com preços artificialmente baixos, até mesmo abaixo do custo de produção.
 
Conforme já divulgado pela empresa à reportagem de O TEMPO, a decisão está diretamente relacionada com o aumento de 48,6% no volume de importações de aço da China.

“É uma concorrência desleal que estamos enfrentando, uma vez que o Brasil é um dos poucos países que mantêm o mercado aberto, com impostos de importação bem abaixo da média de outros grandes mercados como a Europa, os Estados Unidos e o México”, lembra o presidente Marcelo Chara.

Com a retomada do alto-forno 3, o maior da companhia, após uma ampla reforma que modernizou todo o equipamento, a Usiminas terá uma capacidade de produção de ferro gusa de aproximadamente 3,6 milhões de toneladas por ano na usina de Ipatinga, somando os alto-fornos 1 e 3. 

Na reforma, a empresa investiu cerca de R$ 2,7 bilhões para a completa revitalização, que incluiu uma série de melhorias técnicas e ambientais.

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