Folia

Após pandemia, hotéis esperam lotação máxima no Carnaval e criam vagas em BH

Previsão do setor hoteleiro é que os turistas tenham um gasto médio individual de R$ 810 durante a folia


Publicado em 11 de janeiro de 2023 | 14:06
 
 
 
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Após dois anos sem a realização do Carnaval de Belo Horizonte em função da pandemia, o setor de hotelaria da capital mineira projeta lotação máxima nas hospedagens durante os dias de folia em 2023. Oficialmente, o calendário municipal indica que o período da festa vai ser de 4 a 26 de fevereiro, mas o intervalo com maior volume de reservas deve ser entre os dias 17 (sexta-feira) e 22 (quarta-feira de cinzas). 

Com a grande movimentação de foliões - cerca de 5 milhões de pessoas devem participar da programação em BH segundo a prefeitura -, vagas de emprego temporárias também serão geradas nos hotéis da cidade. O número de postos de trabalho que estarão disponíveis ainda está sendo estimado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) em Minas. Mas as principais atribuições que vão demandar contratações são para recepção e serviço de quarto. 

Diretora de comunicação da Abih e sócia-proprietária do Amazonas Palace Hotel, no Centro de BH, Patrícia Coutinho explicou que o setor espera um gasto médio de R$ 810 por cada hóspede durante o Carnaval. Para o período, o valor médio das diárias está cotado em R$ 202,50 e 65% dos clientes devem pagar os estabelecimentos utilizando o cartão de crédito.

“Nós estamos com ótima expectativa, principalmente para os hotéis do Centro da cidade. Com a pandemia, muitos hotéis fecharam as portas e para os que sobreviveram a esse período muito complicado em Belo Horizonte, o Carnaval é um alento”, lembrou Coutinho. Segundo ela, a movimentação em fevereiro também ajuda o setor a recuperar a baixa movimentação histórica registrada pelo setor em BH em janeiro. 

A diretora da Abih projeta uma procura maior pelos hotéis do Centro de BH e da região Centro-Sul. “Apesar de em outros anos os hotéis da Pampulha e de outras regiões terem oferecido transporte com vans. Mas acredito que as pessoas vão preferir o Centro e Centro-Sul pela facilidade de deslocamento à pé”, ilustrou a representante do setor. 

Movimento vai do luxo ao standard 

O boom de turistas à procura dos blocos de Carnaval na capital mineira deve, inclusive, movimentar todos os segmentos da hotelaria, conforme a previsão da Abih. Patrícia Coutinho explica que haverá demanda para hospedagens com valores mais elevados, mas também com preços mais baixos. 

“Acredito que todos os perfis de hotéis vão encher. A hotelaria em Belo Horizonte está com a diária média muito baixa. Os valores são muito bons em relação a outras capitais. Quem vier a BH vai encontrar pacotes com preços acessíveis”, garantiu. No Ouro Minas, um dos principais hotéis da cidade, a expectativa de lotação máxima prevê, justamente, clientes de perfis econômicos distintos. 

O gerente de reservas do estabelecimento, Luiz Felipe Braga, explica que o hotel vai investir em alguns incrementos nos pacotes do Carnaval para atrair os turistas, já que as instalações estão distante dos principais pontos de concentração de blocos de rua na cidade. “Estamos estudando a criação de pacotes tanto com atrativos aqui no hotel, quanto com parceiros externos”, afirmou o gestor. 

Ele se queixou de baixa mobilização da prefeitura em divulgar todo o período de festa (4 a 26 de fevereiro), que não favorece os setores que são movimentados pela festa. “A programação oficial é de quase 30 dias, mas os outros dias além do final de semana de Carnaval não são tão divulgados. BH tem um potencial enorme fora desses quatro dias”, acrescentou. 

Outra preocupação do setor é com a ausência de um patrocinador oficial para o Carnaval na cidade. A PBH, em nota, informou que não está “medindo esforços na busca de possíveis patrocinadores para o Carnaval de Belo Horizonte 2023”. Conforme o Executivo, boa parte dos serviços necessários para a realização da festa são realizados regularmente por órgãos municipais, como limpeza urbana, gestão de tráfego e trânsito e segurança. 

Sobre a ausência de um patrocínio oficial, como ocorreu nos anos anteriores, a PBH garantiu que, caso seja necessário, vai arcar com os custos do eventos com recursos “provenientes do tesouro municipal”.

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