Pessimismo

Brasileiros acreditam que economia vai piorar após a Copa do Mundo

A enquete, que ouviu cerca de mil pessoas no mês passado, quis identificar o comportamento do consumidor em relação ao evento

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 05 de junho de 2014 | 08:43
 
 
 
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A maioria dos brasileiros está pessimista em relação ao comportamento da economia do País depois da Copa do Mundo. Passado o evento, 52% dos entrevistados acreditam que a situação vai piorar e apenas 14% esperam melhora. O restante, 34%, aposta na manutenção do cenário, revela pesquisa nacional feita pela Boa Vista SCPC. A enquete, que ouviu cerca de mil pessoas no mês passado, quis identificar o comportamento do consumidor em relação ao evento.

Durante a Copa, o quadro está relativamente equilibrado, com quase um terço acreditando na piora da economia, um terço em melhora e um terço em estabilidade. "Enquanto o evento estiver ocorrendo, o brasileiro acredita que haverá um injeção de recursos que pode movimentar os negócios", diz Fernando Cosenza, diretor de Sustentabilidade da Boa Vista SCPC.

No entanto, os resultados mostram que o cenário de desaceleração que prevalece na economia brasileira desde o início do ano, marcado pelo baixo crescimento e por revisões para baixo do PIB, deve voltar a preocupar a população após o fim da Copa.

Classes

O pessimismo permeia todas as classes sociais, com pequenas oscilações. De acordo com a pesquisa, 55% dos entrevistados da classe C, a nova classe média brasileira, acreditam que a situação econômica do País vai piorar depois da Copa, ante 54% dos entrevistados da classe B e 50% da classe A. Um dos motivos que podem explicar essas diferenças é a geração de novos empregos, que tem sido mais fraca, segundo apontam os indicadores.

Outro resultado relevante é que o pessimismo em relação à situação depois da Copa do Mundo é maior no Sul, com 59%, e no Sudeste, com 54%, onde a população tem maior nível socioeconômico e escolaridade. Em contrapartida, o pessimismo é menor nas regiões Nordeste (38%), Norte (41%) e Centro-Oeste (44%). Na avaliação de Cosenza, o brasileiro está com "o pé mais no chão".

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