Com lucro líquido acumulado em 2019 de R$ 377 milhões, a Usiminas pretende aumentar em 30% investimentos neste ano, alcançando pelo menos R$ 1 bilhão em aportes diversos.
Os números foram divulgados nessa sexta-feira (14). Apesar disso, a maior parte dos resultados registrados pela siderúrgica ficaram abaixo daqueles observados nos últimos três anos.
É o terceiro ano seguido em que a empresa aumenta os investimentos.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – da Usiminas fechou 2019 em R$ 2 bilhões, queda de 27% em relação ao ano anterior, quando acumulou R$ 2,69 bilhões.
O lucro líquido foi 54% menor que o acumulado em 2018 – R$ 829 milhões.
Por outro lado, a receita líquida da siderúrgica subiu 8,8%, alcançando R$ 14,9 bilhões, puxada principalmente, segundo a Usiminas, pela venda de 8,6 milhões de toneladas de minério de ferro, recorde da série histórica registrada pela empresa mineira nos últimos dez anos.
Em 2018, a receita havia sido de R$ 13,7 bilhões.
O presidente da Usiminas, Sergio Leite, diz que, devido às condições nacionais e internacionais do mercado, a empresa teve “um ano difícil”, mas que também conseguiu vitórias importantes.
Ele cita os efeitos negativos da política protecionista adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que dificultou as exportações de aço brasileiras.
Também foram prejudiciais o aumento de preço da matéria-prima, a tragédia da Vale em Brumadinho e a queda do valor do aço no mercado internacional.
“Tivemos uma economia que cresceu menos do que o esperado. A expectativa era de crescimento (do PIB brasileiro) de 2,5%, e o relatório Focus, do Banco Central, prevê que tenha crescido próximo de 1,2%, repetindo os resultados de 2017 e 2018”, ressaltou Leite.
Em 2020, o executivo acredita que a pauta de reformas liberais do governo federal, em especial a tributária, e o avanço previsto nas privatizações, devem fomentar o mercado.
“Tudo que vem sendo feito pelo governo está em linha com o que desejamos e aguardamos”, diz.