Mercado de luxo

Concreto e Fasano celebram parceria de 1 ano do hotel em BH

Unidade Belo Horizonte tem 78 quartos e é maior que unidade paulista

Por Helenice Laguardia
Publicado em 24 de outubro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Com um investimento feito pela mineira Concreto Construtora – que o fundador Miguel Safar diz ser astronômico, sem divulgar cifras –, o executivo comemora neste mês um ano do hotel Fasano Belo Horizonte como um período de muito trabalho, dedicação e crescimento. “O hotel é um investimento enorme. Ele precisa se maturar e crescer um pouco mais. Com essa surpresa agradável que a gente teve, sonhar é sempre possível”, diz Safar, sob uma perspectiva de nova parceria com o Grupo Fasano, que tem seis hotéis no Brasil e um no Uruguai.

Para Rogério Fasano, sócio e dirigente do grupo, a quem Safar chama de “timoneiro” e “furacão”, apesar da pouca idade do hotel na capital mineira, ele “está indo superbém, está melhorando cada vez mais”. “A concepção do Fasano Belo Horizonte é grande para os conceitos do Fasano. Com 78 quartos, é maior que o de São Paulo”, acrescenta Safar.

Projetos da Concreto

Fundador da Concreto Construtora, há 42 anos no mercado, Miguel Safar conta que está investindo pesadamente em Belo Horizonte com projetos na avenida do Contorno e nos bairros Sion e Pampulha, além do Vila da Serra (em Nova Lima).

Agora o executivo se prepara para entrar no mercado de São Paulo. “Temos que começar à moda mineira, sempre dosando a água e o fubá. Vamos começar com um grande empreendimento, de porte, vamos entrar pela porta da frente, mas com um bom investimento”, garante.

Na capital paulista, a presença da Concreto se fará num espaço de 15 mil metros quadrados de área líquida de produção. “É um empreendimento enorme. Queremos na área dos Jardins (local nobre). Já temos um terreno alinhavado, bem adiantado nas negociações”, confirma.

Safar, que já tem o anteprojeto, diz que, se fechar o negócio, começará a obra imediatamente. Ele explica que são lajes corporativas com mais ou menos 1.500 m² a 1.600 m² cada uma – que é o que o mercado demanda – e apartamentos entre 70 m² e 120 m². O investimento na capital paulista também é alto, com um mix entre valor pecuniário e valor de permuta.

Safar explica que Belo Horizonte já está tendo mercado para construções inovadoras e robustas. “A nova Lei de Uso e Ocupação do Solo começa a dar sinais de que vai ser muito profícua e boa para a cidade. Essa nova lei permite fazer empreendimentos comerciais onde antes só se podia fazer empreendimentos residenciais. Estamos de olho nessas vias e corredores, que há de se criar, para investir nessas áreas”, conclui o empresário.

 

No mercado

Concreto Construtora

- Empresa familiar há 42 anos no mercado 
- Sede: Belo Horizonte
- Miguel Safar é presidente do conselho da construtora 
- A Concreto tem 500 funcionários
- São mais de 5.000 apartamentos entregues

Fonte: Miguel Safar 

Grupo Fasano 

- São sete hotéis Fasano: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Boa Vista (SP), Angra dos Reis (RJ), Salvador (BA) e Punta Del Leste, no Uruguai.

Fonte: fasano.com.br 

 

Minientrevista

Rogério Fasano

Empresário do ramo de hotelaria e gastronomia, sócio e dirigente do grupo Fasano

Qual é a avaliação de um ano do hotel Fasano em Belo Horizonte?

É super positivo. Um ano ainda é um bebê, mas está indo superbém, está melhorando cada vez mais.

O que você acha que precisa passar por modificações para se adaptar mais ainda ao público mineiro e a quem visita Minas Gerais?

Honestamente falando, não tem que pensar nisso. O que precisa é o país melhorar como um todo. Mas cada um tem um DNA, senão fica girando em círculos.

O hotel está se expandindo, acreditando em novos investimentos, em novas regiões. Isso demonstra confiança de que o grupo pode crescer cada vez mais?

Sim, desde que mapeamos o Brasil, as cidades em que realmente lutamos para estar – São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador. Nunca conseguimos em Brasília que é uma cidade complicada. De lazer, Trancoso: estamos com um projeto lá agora. Das cidades grandes, são essas. Acho que outra praça não cabe muito.

Em Minas Gerais, o que agregou ao hotel, essa questão do público e dos hábitos de Minas?

Para nós, é um orgulho estarmos aqui. As pessoas acham que tem muita diferença, mas eu não sinto assim, não vejo assim, honestamente falando, eu não sinto essa diferença toda entre o Rio, entre Minas, entre São Paulo. Óbvio, tem as particularidades. A gente tem um DNA que a gente tenta imprimir.

Muita gente diz que o público mineiro é muito exigente, que é um mercado de teste, você acha isso?

O mineiro é muito exigente, o paulistano é muito exigente, o carioca é muito exigente. Essas pessoas que nos frequentam são exigentes porque viajam, conhecem o mundo inteiro, então faz parte da exigência, mas isso eu acho que é positivo.

Em Belo Horizonte tem alguma coisa que você quer implementar no hotel?

A gente vai introduzir uma mesa com entradas frias para fazer um almoço mais rápido no restaurante Gero. E aqui tem ótima música, “by the way”, os grupos que tocam aqui são ótimos. E tem a localização.

 

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