Comprar sêmen e fazer o custo de um ou dois funcionários para a técnica na fazenda fica mais barato para o produtor do que manter os touros reprodutores na propriedade. A conta é do presidente da Alta Genetics do Brasil, Heverardo Carvalho. “O uso de inseminação artificial dá – entre ganho genético, baixa de custo e melhoria de informações do gado – no mínimo 30% de ganho a mais para o criador, tanto na pecuária de corte como na de leite”, calcula o executivo.
Para isso, Carvalho prega a substituição de vários custos. Dentre eles, os gastos com um reprodutor. “Quando inseminamos, usamos doses de touros que já são provados e comprovados como melhoradores”, explica, referindo-se à segurança no resultado.
Por outro lado, Carvalho informa que, se o produtor preferir o método tradicional e tiver cem vacas, terá que comprar três touros. Isso porque um touro cobre entre 25 a 30 vacas num ano. “Se dois touros forem piores no lugar de serem melhoradores, isso vai acabar com o rebanho da fazenda, e o produtor só vai saber disso depois de quatro anos, no mínimo”, informa.
Em números, se o produtor optar pela inseminação artificial, para usar o método em cem vacas por ano, ele vai gastar R$ 12 mil num período de quatro anos. Mas, no caso da compra de três touros, o produtor vai gastar um mínimo de R$ 15 mil, levando-se em conta o custo de R$ 5.000 cada exemplar.
Para Carvalho, quem não se tecnificar sairá do mercado. “Não dá mais para produzir como antigamente, o mercado é global, e a concorrência também”, diz. (HL)