Eleições 2014

Dilma Rousseff ironiza choque de gestão de Aécio Neves

Petista ainda rebater ataques de Eduardo Campos (PSB) em relação as denúncias contra à Petrobras

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 12 de agosto de 2014 | 00:13
 
 
 
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A presidente Dilma Rousseff aproveitou um encontro com jovens do movimento estudantil nesta segunda-feira (11) para ironizar o choque de gestão defendido por seu adversário Aécio Neves (PSDB) e rebater ataques de Eduardo Campos (PSB) à Petrobras.

A petista ainda alfinetou os tucanos sustentando que a situação econômica do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) era pior do que a da crise da dívida externa vivida atualmente pela Argentina, com o "calote técnico".

Num discurso que reforçou mais uma vez a defesa de sua política econômica, Dilma afirmou que o país não vive nenhum "desequilíbrio estrutural" e que a economia interna sofre os efeitos de uma crise financeira internacional.

"Não há crise específica do Brasil. Nós crescemos mais que os Estados Unidos, o México. O Brasil não é país que tem desequilíbrio estrutural. Ele sofre as consequências imediatas. Nós tomamos providências", afirmou.

Dilma afirmou, inclusive, que "inventaram" a inflação do tomate para atingir o governo, numa estratégia de quanto pior , melhor.

A petista afirmou que a receita tradicional de tucanos para combater crises financeiras é arrochar salários e ampliar o desemprego e ironizou o choque de gestão de Aécio.
"Nós reagimos diferente [do PSDB]. No Brasil, quem pagava era o salário do trabalhador que sempre era reduzido e o desemprego ampliado. É dessa forma que eles faziam.

Aliás tem muita gente que adora choque por aí. É bom sempre lembrar que são responsáveis na área de energia elétrica pelo o maior choque de todos os tempos que é o choque de racionamento", disse em referência ao governo de FHC.

A presidente ainda aumentou o ataque ao tucano afirmando que no governo FHC o Brasil estava "completamente endividado", com uma política de juros altos, submetido ao Fundo Monetário Internacional e quebrado por três vezes.

"A situação que hoje nos jornais ficam falando na Argentina, a situação, naquele momento, era mais grave. A Argentina deposita os pagamentos [da dívida], mas está sendo objeto de uma coisa terrível, que são os fundos abutres. O governo ralou muito para poder sair da situação em que nos encontrávamos. Mas nós conseguimos. E, a partir do segundo governo Lula, fizemos um grande processo de desenvolvimento", disse.

Dilma afirmou, inclusive, que "inventaram" a inflação do tomate para atingir o governo, numa estratégia de quanto pior , melhor. "Eles dizem que vai haver um tarifaço. Da onde tiraram que vai ter um tarifaço? É uma teoria que tem um absoluto descompromisso com os interesses nacionais. Disseram que a inflação ia fugir do controle. Não saiu do controle. Inventaram a inflação do tomate. O tomate caiu e ninguém toma a providência de dizer que ele não ocorreu e ir lá se desculpar. Não têm o menor compromisso com a verdade."

Dilma reagiu indiretamente às críticas de outro presidenciável Eduardo Campos de que a Petrobras perdeu fôlego. "Essas flutuações no valor (das ações) da Petrobras não durarão. Elas começarão a ser modificadas cada vez mais", afirmou ao destacar o aumento de produção de petróleo, especialmente do pré-sal.

A petista fez questão de destacar que na gestão do PT toda a população ganhou, mas que isso não é aceito por parte da sociedade.

"Todos ganharam. Exceto por uma observação: os pobres ganharam mais. Para muita gente, isso é imperdoável. Porque aquela escada da ascensão social, ela congestiona. Aí, começa aquela história: o filho da empregada doméstica vira doutor, o filho do pedreiro faz seu curso, aí, viajam de avião.

Ao tratar da ascensão social no país, Dilma ainda atacou mais uma vez Aécio em referência à construção do aeródromo de Cláudio (MG) dentro de um terreno do tio-avô do tucano desapropriado pelo Estado. "Tem gosto para tudo em matéria de aeroportos".

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