AVIAÇÃO

Empresas aéreas pedem ao governo revisão de custos

Setor reivindica a revisão dos custos das empresas na comparação com o mercado internacional, especialmente com combustíveis

Por Folhapress
Publicado em 01 de outubro de 2015 | 21:50
 
 
 
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Representantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) se reuniram nesta quinta-feira (1º) com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O setor reivindica a revisão dos custos das empresas na comparação com o mercado internacional, especialmente com combustíveis.

Segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, o fato do preço da querosene utilizada no Brasil pela aviação civil custar, em média, 50% a mais do que no mercado internacional gera transtornos financeiros que precisam ser contornados.

"Isso é uma distorção de mercado que impacta diretamente o custo da passagem aérea. Nossa sugestão é uma profunda revisão do processo de precificação do querosene de aviação no país. Não faz sentido país maiores produtores de petróleo do mundo ter custo mais caro de países que não são", disse o presidente da entidade.

Sanovicz lembrou ainda que cerca de 60% dos custos das empresas do setor são em dólar. Com a alta da moeda norte-americana nos últimos meses, esses gastos acabaram se tornando maiores.
Mas, pelo menos por enquanto, o setor não quer repassar esse custo adicional para os passageiros.

"A economia, no estado que se encontra, não permite repasse de preço. O público corporativo recuou muito e o de lazer já não recupera isso", afirmou Sanovicz.

O representante afirmou também que o setor não pede desonerações, isenções ou subsídios, mas uma revisão dos custos da cadeia produtiva do combustível.


Entretanto, em documento que apresenta números diversos do setor no mês de agosto, a entidade defendeu a eliminação da incidência de ICMS sobre o combustível para as aeronaves.


A entidade deve voltar a se reunir com o Ministério da Fazenda nas próximas semanas, mas ainda não há estimativa de ações que possam atender a demanda do segmento. Os debates também devem envolver também áreas do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras.

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