UNCF

Executivo da Netflix e mulher doam US$ 120 milhões a universidades para negros

Segundo CEO da plataforma de streaming, doação será destinada à Spelman College, à Morehouse College e ao United Negro College Fund (UNCF)

Por Folhapress
Publicado em 17 de junho de 2020 | 18:16
 
 
 
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O CEO da Netflix, Reed Hastings, e sua mulher, Patty Quillin, anunciaram nesta quarta-feira (16) uma doação de US$ 120 milhões (R$ 627 milhões) a universidades e instituições dedicadas à educação de estudantes negros.

A doação milionária será destinada à Spelman College, à Morehouse College e ao United Negro College Fund (UNCF), que financia bolsas de estudo para alunos negros.

A quantia doada por Hastings é considerada a maior contribuição individual já registrada para apoiar as chamadas HBCUs, coalizão de instituições criadas para oferecer ensino superior a jovens e adultos negros quando a segregação racial nos Estados Unidos era escancarada em lei.

"Acho que as pessoas brancas em nosso país precisam aceitar que esta é uma responsabilidade coletiva", disse Hastings em um comunicado. "Geralmente, o capital branco flui para instituições predominantemente brancas, perpetuando o isolamento do capital." 

Enquanto universidades de ponta dos EUA, como Harvard, recebem dezenas de bilhões de dólares em doações, as HBCUs costumam receber muito menos, com valores na casa das centenas de milhões.

Uma das razões para isso é que as pessoas ricas tendem a doar para as instituições onde estudaram.

Assim, universidades que formam bilionários tendem a seguir recebendo amplas doações, enquanto outras instituições mais voltadas a inclusão social acabam desfavorecidas.

Hastings também tem dado apoio a escolas e à formação de professores na Califórnia, e criado medidas para contratar mais negros para a Netflix.

A empresa diz ter hoje cerca de 7% de funcionários negros, e 8% de negros em cargos de chefia, percentual acima da média nas grandes empresas de tecnologia, segundo o jornal "The New York Times".

O combate ao racismo ganhou força nas últimas semanas, após uma onda de protestos contra a morte de George Floyd, um homem negro que foi sufocado por um policial branco.

Os atos começaram pedindo o fim da violência policial, mas passaram a incluir outras pautas, como o aumento de oportunidades para os negros e a retirada de homenagens a figuras ligadas à escravidão, tanto nos EUA quanto na Europa.

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