O faturamento da indústria mineira cresceu pelo terceiro mês consecutivo em março. A alta de 1,1% veio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9/5) pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em razão do aumento de pedidos em carteira (demanda) e as horas trabalhadas na produção, que cresceram 1% sobre fevereiro. Um destaque também é a geração de vagas de trabalho no setor. Em março, ante fevereiro, houve alta de 0,8% na taxa de emprego. Na comparação com março de 2022, a alta foi de 2%, segundo a Fiemg.
A utilização da capacidade instalada da indústria geral expandiu 0,9 ponto percentual, em virtude dos avanços nos dois segmentos da indústria (indústria de transformação + indústria extrativa). A massa salarial mostrou expansão de 3,6%, com relação a fevereiro, explicada pelos pagamentos de participações nos lucros e resultados e de gratificações, e contribuiu para o crescimento de 3,5% do rendimento médio real. Com relação a março de 2022, o desempenho foi ainda melhor, com alta de 4,6%
Em relatório, a Fiemg informa que, para os próximos meses, as expectativas são de crescimento moderado da indústria mineira. Por um lado, a manutenção da política monetária restritiva, com juros altos para conter o avanço da inflação, pode afetar os investimentos e a demanda por bens industriais mais dependentes de crédito. Por outro lado, a ampliação das medidas de transferência de renda e os reajustes do salário mínimo concedidos pelo governo federal deverão contribuir, em certa medida, para a sustentação do consumo de bens industriais ao longo do ano.
“No cenário externo, a aceleração da economia chinesa, dado o fim da política de Covid zero no fim de 2022, poderá favorecer a demanda por commodities, com destaque para os setores extrativo mineral, de alimentos e de papel e celulose”, disse o comunicado da Fiemg.