A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) se posicionou nesta quarta-feira (25) com relação à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e os estragos que ela vem causando à classe nos últimos dias. De acordo com o texto, as atividades estão paralisadas por tempo indeterminado, os prejuízos estão se amontoado e não há uma previsão de volta à normalidade graças ao desencontro das informações.
"O fato é que o empresário requer respostas rápidas das autoridades públicas, além de uma programação estrutural adequada para que a paralisação das atividades empresariais não prossiga por tempo indeterminado, sob pena de vivenciarmos uma convulsão econômica e social com proporções incalculáveis para a nossa sociedade", diz um dos trechos do comunicado.
Em seguida, a Federação mostra alguns números prévios de um levantamento que vem sendo feito para explicitar o grave momento financeiro pelo qual passa o setor.
"No comércio atacadista e varejista os impactos negativos causados pelo novo coronavírus superam 80%, no setor de serviços se aproximam de 90%. O índice, por si só, sinaliza um cenário econômico com reflexos sociais preocupantes", diz.
Ainda segundo o levantamento estadual, "em 60,55% dos casos, será preciso paralisar as atividades por conta da pandemia e das restrições adotadas pelo poder público estadual e municipal, o que tem gerado transtornos ao setor terciário, tais como: redução no fluxo de clientes (37,72%), restrições ao funcionamento (28,95%), aumento no preço dos fornecedores (16,03%) e falta de produtos para estoque (14%). Não à toa, 53,9% dos estabelecimentos já registraram uma queda superior a 50% no volume de vendas/serviços prestados", continua a nota.
O texto ainda deixa claro que estão sendo estudadas todas as medidas de apoio, com o auxílio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), junto ao governo federal e estadual "na busca de soluções econômicas, tributárias, trabalhistas e linhas de créditos que possam auxiliar na atenuação dos efeitos já suportados pela iniciativa privada".
"Não por acaso, a Fecomércio-MG encaminhou um ofício ao Comitê Extraordinário Covid-19, do governo estadual, solicitando a padronização das ações de suspensão de determinados segmentos de comércio e de serviços. O pedido visa garantir mais segurança jurídica aos empresários do setor, responsáveis pela manutenção de mais da metade dos empregos formais em Minas Gerais", completa.