A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) considerou positivas as medidas anunciadas nesta quinta-feira (25) pelo governo federal para tentar baratear os carros que custam até R$ 120 mil, como a redução de IPI, PIS e Cofins, impostos federais que incidem sobre os automóveis.
No entanto, a Fenabrave ressalta que ainda existem pontos a serem definidos pela equipe econômica e que uma análise mais detalhada do anúncio só será possível após a apresentação do texto final pelo Ministério da Fazenda, em até quinze dias.
Atualmente, os carros mais baratos fabricados no país custam cerca de R$ 70 mil. O governo ainda vai anunciar quantas faixas de redução serão feitas, mas os cortes nos preços finais dos veículos vão variar de 1,5% até 10,96%, segundo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
“Pelo que foi tratado e anunciado até o momento, a Fenabrave acredita que uma provável redução dos preços dos carros, a patamares abaixo de R$ 60 mil, se atrelada a um crédito mais farto e barato, possa alcançar os consumidores que hoje estão fora da faixa de consumo de automóveis zero km. No entanto, não se pode fazer projeções e estimativas de volumes e percentuais, sem antes ter conhecimento do decreto a ser publicado em até quinze dias e sua efetiva aplicabilidade pelas montadoras”, segundo nota assinada pelo presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.
Mais cedo, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, disse que a indústria trabalha com o “mínimo de 12 meses” para viabilizar o programa e fazer os investimentos. Leite disse ainda acreditar que o pacote torna "muito possível" que carros novos voltem a custar abaixo de R$ 60 mil.
No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os preços dos automóveis no Brasil. Na época, ele já adiantou que o governo tomaria medidas para baratear os carros no país, além de propor formas de pagamento mais diversificadas."Qual pobre que pode comprar carro popular por R$ 90 mil? Um carro de R$ 90 mil não é popular. É para classe média", disse.