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Flyways terá voos para 4 cidades de Minas, praias e DF  

Empresa aérea e governo anunciam início das operações

Por Queila Ariadne
Publicado em 16 de dezembro de 2015 | 22:55
 
 
 
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Belo Horizonte vai ganhar mais opções de voos para o interior e, em breve, para praias. A Flyways está pronta para iniciar suas operações partindo do aeroporto da Pampulha. A previsão é fazer o primeiro voo no dia 28 de dezembro para Ipatinga, no Vale do Aço. “O voo sai da Pampulha às 7h30, chega em Ipatinga e volta para Belo Horizonte. Depois vai para Uberaba, bate e volta, e segue para o Galeão, no Rio de Janeiro”, explica o presidente da companhia, Pedro Paulo Valverde Pedrosa.

Os preços ainda não foram divulgados, mas, segundo a diretora comercial da empresa, Eliane Galarce, serão competitivos. Segundo ela, a intenção é iniciar as vendas a partir da próxima segunda-feira. A companhia obteve nesta quarta a autorização final da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).

Em janeiro, também entrarão nas rotas Araxá e Patos de Minas, além de Cabo Frio, Porto Seguro e Brasília. A sede administrativa da Flyways é no Rio de Janeiro, mas terá o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte como hub. “A escolha tem a ver com a localização central do aeroporto. E, de acordo com estudos junto com o governo do Estado, identificamos 24 cidades com potencial para receber voos regionais”, afirma Pedrosa.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, a chegada da Flyways será muito importante para economia do Estado. “Quando há condições de mobilidade, é possível atrair investimentos, pois os empresários precisam dos voos”, avalia Rôso.

Cidades como Montes Claros, Diamantina, Varginha e Governador Valadares também estão nos planos de voos da Flyways. “Será um salto para aviação regional, pois ela vai atuar em várias regiões, inclusive em lugares que não temos nenhum voo, como o Sul de Minas”, diz o secretário.

Pampulha. O presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, destaca que, à medida em que a demanda for aumentando, a estatal adequará o terminal da Pampulha. O aeroporto, que tem capacidade para 2,2 milhões de passageiros por ano, mas chegou a receber 3 milhões, opera com 900 mil.

“Pampulha tem total condição de operar com mais voos, mas não temos intenção de retomar o fluxo de antigamente. Isso pode ser feito em horários que não tragam impactos negativos para a população”, diz Vale.

Para o aviador e perito em prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos, Carlos Conrado, que é morador da Pampulha, as operações não trarão problemas, desde que se obedeçam as regras e os limites do aeroporto. Ele afirma que voos de jato trariam transtornos. Mas a Flyways vai operar com modelos ATR, para 70 passageiros. “Vamos começar com duas aeronaves. Outras três virão até fevereiro e vamos encerrar 2016 com dez”, afirma Pedrosa.

Companhia gera cerca de cem vagas

As tratativas para inaugurar a Flyways começaram há um ano e meio, mas, segundo o presidente Pedro Paulo Valverde Pedrosa, que é empresário do setor da aviação, o sonho tem mais de 30 anos. Serão cerca de 1.020 passageiros por semana, em Belo Horizonte, com geração de aproximadamente cem empregos diretos.

Para a comissária Arilene Morais, 28, de Uberaba, a companhia é uma esperança para muitos que trabalhavam na aviação, mas foram cortados, devido à crise. Sem perspectivas, ela estava nos Estados Unidos, quando recebeu um e-mail da empresa, convidando-a para a entrevista. “Eu fui embora para estudar ciências aeronáuticas porque estava sem expectativas. Quando apareceu a oportunidade, voltei”, conta.

O comissário Maiquel Adrieta, 34, do Rio de Janeiro, estava fora da aviação há cinco anos. “Não tinha emprego na área, então trabalhei como vendedor, atendente de telemarketing e instrutor de aviação. A empresa está dando oportunidade para muita gente que, como eu, foi demitido e não conseguia voltar”, comemora o comissário. 

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