Até dezembro

Governo cria grupos de trabalho para incrementar produção industrial

Ministro Aloísio Mercadante afirmou que serão necessárias reformulações na lei para aumentar eficiência do investimento privado, fortalecer agências reguladoras e agilizar projetos

Por Folhapress
Publicado em 19 de novembro de 2014 | 12:28
 
 
 
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O governo iniciou nesta quarta-feira (19) as atividades dos grupos de trabalho, compostos por membros de ministérios e do setor privado, que vão apresentar, até o começo de dezembro, propostas para incrementar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira.

Segundo a ministra Miriam Belchior, essa reta final de governo é o momento adequado para definir uma agenda a ser seguida pela presidente Dilma em setores estratégicos que tenham impacto na indústria.

A proposta é, até 15 de dezembro, acertar medidas concretas para impulsionar a competitividade de um setor que tem demitido, diminuído suas exportações e apresentado contundentes críticas à condução da política econômica do governo.

Os grupos de trabalho vão se orientar por 42 propostas apresentadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) na época das eleições, que contemplam mudanças tributárias, relações trabalhistas e formas de atrair mais investimento em infraestrutura e outras áreas.

O ministro Aloísio Mercadante (Casa Civil) afirmou que serão necessárias reformulações na lei para aumentar eficiência do investimento privado, fortalecer agências reguladoras e agilizar projetos.

Segundo Mercadante, o projeto para reforma da cobrança do PIS e da Cofins está pronto para "avançar". Segundo ele, a simplificação do sistema tributário em si já reduzirá custos para empresários.

Ele voltou a atribuir ao cenário internacional as dificuldades na área econômica, e afirmou que serão necessárias "atitudes mais rápidas e mais focadas" para ampliar a competitividade e reduzir os gargalos da indústria e da economia.

Ele defendeu a política econômica do governo, justificando a manobra para descumprimento do superavit primário (poupança para pagamento dos juros da dívida pública) aprovada nessa terça no Congresso.

"Tivemos que aprofundar o esforço da política anticíclica para manter emprego e renda", disse.

Para o empresário e presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade (órgão ligado ao governo), Jorge Gerdau, a iniciativa será necessária para que os investidores internacionais voltem as atenções para o país nos próximos anos.

"Em um cenário de alta competitividade no mundo, você tem que ser competitivo e eficiente. Por isso que é muito importante que esses temas estejam sendo debatidos pelo setor industrial. [...] A grande meta, no meu entender, deve ser qual será o nível de competitividade que precisamos atingir em todas as frentes para ter padrões de crescimento nas necessidades sociais", disse Gerdau.

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