Minas Gerais, em parceria com o Sebrae, irá investir, até 2022, R$ 25 milhões em pequenas e médias empresas. O governo do Estado pretende capacitar e inovar mais de seis mil empresários. O projeto foi anunciando nesta quinta-feira (25) durante a assinatura do decreto de reformulação da política de Arranjos Produtivos Locais (APLs).
Segundo o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, R$ 20 milhões serão aportados pelo Sebrae e pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), em partes iguais, e R$ 5 milhões devem vir em contrapartida dos empreendedores. O Estado estima que os pequenos negócios representam 99% dos estabelecimentos em Minas. O programa pretende prestar consultoria a empresas em 400 cidades do Estado.
"Vamos atender, inclusive, aquelas empresas que foram impactadas por essa crise econômica da covid, respeitando os segmentos que mais estão precisando dessas intervenções assertivas. Com o empresário pagando uma parte percebemos um comprometimento maior e por consequência os resultados colocam essas empresas em estágios superiores de desenvolvimento", avalia Passalio.
Podem participar do programa micro e pequenas empresas, microempreendedores individuais e produtores rurais. Serão prestadas consultorias em produção e qualidade, design, sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico.
De acordo com Roberto Simões, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, o projeto abrange todos os segmentos da economia. "Vamos dar um salto na quantidade de empresas atendidas e nos recursos investidos. É um processo fundamental nesse processo de retomada da economia, as pequenas empresas precisam se reposicionar no cenário dinâmico e digital que estamos vivendo, elas são as principais responsáveis pela geração de emprego e renda, é preciso dar condições para elas. A ideia é trabalhar na melhoria de processos, de produtos ou serviços, tornando os negócios mais competitivos", pontua.
APLs
Durante a cerimônia, o governador do Estado Romeu Zema (Novo) assinou um decreto que pretende reformular a política de Arranjos Produtivos Locais (APLs). Atualmente, Minas Gerais possui 50 arranjos produtivos em 34 mil empresas, que atuam em um mesmo território com foco nos mesmos produtos.
"Nós queremos apresentar atrativos, não obstáculos ao investidor. Além dessas medidas, temos feito outras nas áreas tributárias e ambientais com o objetivo de simplificar os procedimentos. Temos mostrado que não é só dinheiro, gestão também resolve", afirmou o governador garantindo que as medidas têm como objetivo atrair mais negócios ao Estado.
Para o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, a principal mudança na política será nos critérios de classificação. As APLs serão dividas em quatro grupos: pleno, consolidado, em consolidação e provisório.
"Essa diferenciação permitirá desenvolver as potencialidades de cada uma melhorando os resultados de competitividade, possibilitando novos negócios com geração de emprego e renda. Vai ser possível estudar quais as melhores estratégias de cada uma, cada uma tem as suas particularidades", explica.
"A APL de Pequi, no Norte de Minas, por exemplo, demanda mais investimentos e estratégias de crescimento e reconhecimento até mesmo dentro do Estado. Enquanto o de Metal, no Vale do Aço, já está em uma fase plena", completa.