A indústria da mineração teve queda no faturamento, na produção, nas exportações e no recolhimento de encargos no 1º trimestre de 2023. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Na comparação com o 4º trimestre de 2022, o faturamento caiu de R$ 61 bilhões para R$ 54,6 bilhões, uma queda de 11%. Já em relação ao 1º trimestre do ano passado, a redução foi de 3%.
Entre os Estados que têm produção mineral relevante, Minas Gerais apresentou queda de 15% no faturamento, caindo de R$ 25,6 para R$ 21,9 bilhões entre o último trimestre do ano passado e o 1º trimestre deste ano.
Os outros Estados produtores com queda no período foram o Mato Grosso (-18%) e o Pará (-12%). Apenas a Bahia apresentou elevação, com alta de 7%, passando de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,6 bilhões.
“A queda no faturamento tem a ver com a produção, que foi menor. No primeiro trimestre, sempre ocorre uma redução na produção, devido a esta sazonalidade de termos uma estação mais chuvosa aqui no Sudeste. E a grande maioria das minas no Brasil é a céu aberto. E isto impacta os resultados”, explica o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery.
Em relação à arrecadação de tributos e royalties (CFEM), a indústria da mineração teve queda de 10,5% no país, passando de R$ 21 bilhões para R$ 18,8 bilhões.
O Brasil também registrou uma queda nas exportações minerais em dólar, que só não foi maior devido à recuperação dos preços do minério de ferro (+26,6%), principal item exportado entre os minerais do Brasil. Em toneladas, a queda nas exportações foi de 15,3% no 1º trimestre de 2023.
Em termos de emprego, de novembro a fevereiro, o setor apresentou declínio nas vagas: de 204,6 mil para 201 mil empregos diretos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).