Inflação oficial

IPCA fecha novembro em 0,51% e acumulado continua acima do teto

Em outubro deste ano, a taxa havia ficado em 0,42%; já em novembro do ano passado, a inflação havia sido de 0,54%

Por FOLHAPRESS
Publicado em 05 de dezembro de 2014 | 09:13
 
 
 
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O IPCA, índice oficial de inflação do país, acelerou e fechou o mês de novembro em 0,51%, acima dos 0,42% de outubro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo IBGE.

Com esse resultado, o índice acumula uma alta de 5,58% neste ano. Já o indicador em 12 meses até novembro ficou em 6,56%, superior ao teto da meta do governo, fixado em 6,5%.

O IPCA mensal ficou pouco abaixo das expectativas de analistas, que estimavam, em média, uma alta de 0,55%, segundo levantamento da agência Bloomberg. Já em 12 meses, a previsão era de 6,59%, ou seja, a taxa se situou também inferior à previsão.

Em março, a inflação oficial atingiu seu maior patamar no ano, de 0,92%. Em seguida, teve trajetória descendente até julho, quando o índice foi de 0,1%, e voltou a subir em setembro (0,57%).

Alimentação

Uma das maiores preocupações do governo em 2014 e que se manterá em 2015, a inflação em novembro subiu na esteira de aumentos de alimentos, com alta de 0,77%, e habitação, com aumento de 0,69%. Por outro lado, evitaram uma taxa maior com as quedas de importantes itens, como os de artigos de residência, com deflação de 0,04%.

Dentre os alimentos, o principal foco de pressão ficou com as carnes, que pelo terceiro mês seguido representaram o maior impacto do IPCA (0,09 ponto percentual). O produto ficou 3,46% mais caro em novembro.

Também subiram importantes itens como batata, cujos preços aumentaram 38,71%.

Outro destaque ficou com o reajuste de gasolina e energia elétrica, que aumentaram 1,99% e 1,67%, respectivamente, em novembro.

Meta

Novembro foi o quinto mês no ano em que a taxa acumulada superou o teto. Os outros foram junho (6,52%), agosto (6,51%), setembro (6,75%) e outubro (6,59%).

Apesar do cenário apertado, a maior parte dos analistas espera que o IPCA não supere o topo da meta neste ano, embora registre uma taxa muito próxima de 6,5%.

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