ANGRA DOS REIS - A construção da plataforma P- 52, uma das primeiras a atender níveis mínimos de índice de nacionalização, teve um aumento de custos da ordem de 20%. O preço total da plataforma passou de US$ 906 milhões para cerca de US$ 1,1 bilhão. A informação é do diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, que participou da solenidade de batismo da P-52 no Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, onde a plataforma foi construída. O presidente Lula também compareceu à solenidade.
A construção da P-52 junto com a P-51 foi uma promessa de campanha de Lula. Ao tomar posse, ele determinou que a Petrobras cancelasse as licitações que realizava para a encomenda das duas plataformas, para investir num novo processo, com exigência de nível de nacionalização médio de 65%. A P-52 está prevista para entrar em produção no campo de Roncador, na Bacia de Campos, em setembro. Segundo Estrella, vários fatores contribuíram para o aumento de custo, principalmente ajustes no projeto, o aumento dos preços do aço e a desvalorização cambial.
Nacionalização
O índice de nacionalização na obra da P-52 foi de 76%, um dos maiores já atingidos pela indústria nacional. Estrella destacou que "encomendar no Brasil é uma política industrial e também uma decisão estratégica para a Petrobras. No passado, tínhamos que discutir o significado de algumas palavras na corte de Londres. As negociações são diretas e mais fáceis. Esse negócio de dizer que lá fora é mais barato é balela."
A P- 52 vai produzir 180 mil barris diários de petróleo, cerca de 10% da produção nacional, e 9,3 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Até o fim do ano, a previsão é atingir produção nacional de 2 milhões de barris de petróleo por dia, contra 1,8 milhão hoje. (Agência O Globo)