Campanha

Marcas como Starbucks, Ford, Microsoft e Adidas aderem a boicote ao Facebook

Unidas sob a hashtag #StopHateforProfit (“Pare o ódio pelo lucro), empresas demandam da plataforma maior combate aos discursos de ódio e racistas

Por Da redação
Publicado em 30 de junho de 2020 | 08:46
 
 
 
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Está chegando perto de 200 a lista de empresas – e, entre elas, algumas das maiores anunciantes do mundo – que decidiram suspender a publicidade no Facebook. Sob o mote #StopHateforProfit (“Pare o ódio pelo lucro”), a campanha é uma resposta à falta de compromisso da plataforma com o controle das informações tóxicas e do discurso de ódio e racista.

Nos últimos dias, foi a vez de Starbucks, Ford, Microsoft e Adidas aderirem ao movimento, que já tinha marcas como Unilever, Coca-Cola, Pepsi e Honda. Para se ter uma ideia da magnitude da campanha, a Starbucks foi o sexto maior anunciante do Facebook no ano passado e as ações do Facebook vêm despencando na Bolsa desde que ela começou, em 17 de junho, como uma das ações de grupos de direitos civis em resposta à morte de George Floyd por um policial.

Na última sexta, o fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, chegou a anunciar que endureceria suas políticas de moderação de conteúdo, coisa que por anos ele se negou a fazer, colocando advertências em posts que violem as políticas da empresa e proibindo mais tipos de mensagens de ódio em anúncios publicitários.

As respostas de Zuckerberg, no entanto, não foram suficientes para parar o crescimento da campanha. 

Somente com o anúncio da adesão da Unilever, na sexta (26), as ações do Facebook despencaram 8,3% em Nova York, fazendo com que a empresa perdesse US$ 56 bilhões (R$ 302 bilhões)  em valor de mercado. Para a fortuna pessoal de Zuckerberg, foi uma perda de US$ 7,2 bilhões (cerca de R$ 39 bilhões).

A campanha pela retirada dos anúncios demonstra não só uma preocupação com a disseminação de conteúdos racistas ou discriminatórios nas mídias sociais, mas também com a falta de evolução dessas mídias desde as eleições de 2016, quando Donald Trump as utilizou para propagar desinformação e influenciar o voto.

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